SinopseHéctor Navarro é um delegado incansável, com uma carreira construída em torno de sua integridade e sua busca implacável pela justiça. Focado e calculista, ele nunca se deixa levar por distrações, até que se depara com Elena Salvi. Bela, misteriosa e inteligente, Elena logo conquista sua atenção. Mas há algo nela que Héctor não consegue entender. A mulher que ele acredita ser apenas uma suspeita em sua investigação logo se torna uma obsessão.Quando Héctor descobre que Elena está envolvida em um esquema de lavagem de dinheiro, ele acredita estar prestes a finalmente desvendar o mistério. No entanto, o que ele não sabe é que ela carrega um segredo muito mais perigoso. Elena não é apenas uma mulher envolvida em negócios ilícitos mais algo bem obscuro.A cada passo que Héctor dá na investigação, ele se vê mais atraído e enredado pela teia de sedução e manipulação de Elena. O que parecia ser uma relação de jogo mental e desejo começa a se transformar em algo muito mais profundo e a

Já faz semanas que estou dentro. Infiltrada. Invisível. Mortal. Uma missão direta de Dante Vescari, meu irmão, meu algoz, meu criador. Estar entre os inimigos não exige apenas coragem. Exige sangue frio. Olhos que veem além da cortina de sorrisos. Pulso que não treme diante da traição. A ordem era clara. Alguém dentro da Famiglia estava vendendo informações sigilosas para Os Tecelões, a organização rival que age como lenda urbana: ninguém vê, ninguém toca, mas quando se percebe... já é tarde demais. Dante acredita que o traidor está entre os braços mais próximos. E por isso, ele mandou a única pessoa em quem ainda confia: eu. - "Identifique. Confirme. Elimine." - foram suas palavras. Sem rastros. Sem falhas. Sem hesitação. Meu irmão costuma dizer que sou como o som do veneno escorrendo da lâmina: nem mesmo a luz consegue me refletir. E, sinceramente? Ele não está errado. Sou o sussurro antes do colapso. Assumi uma nova identidade. Cristabella. Nome doce. Olhar perdido.

Três dias.Três malditos dias desde o inferno naquele armazém.Três dias sem dormir.Três dias sendo caçado por fantasmas com nomes e armas. Mas agora eu tinha algo que antes não tinha: o nome. A conexão. E ela.Rastreá-la foi como seguir um rastro deixado de propósito. Elena não se escondeu. Ela se colocou ali, como uma armadilha feita sob medida para mim.Hotel de luxo, fachada de conferência internacional, no coração da cidade. Último andar. Nome falso. Quarto 1407. Aquilo não era erro. Era convite.Subi os catorze andares pelas escadas.Cada passo, uma batida do meu próprio coração se preparando para o confronto.A guerra final.A porta estava entreaberta.Entrei.- Achei que fosse demorar mais - ela disse sem se virar. Diante da janela, uísque na mão, cabelo preso em um coque frouxo. A cidade refletia no vidro, distorcida, quase triste. Fechei a porta. Travei.- Por que não mandou me matar no armazém? - perguntei, firme. Ela riu. Um som seco, sem graça.Virou-se devagar. E pela p

E eu tinha uma escolha a fazer: seguir as regras... ou queimar o tabuleiro.Do outro lado do vidro espelhado, Elena congelou.A mão que segurava o braço da cadeira tremia levemente. Só por um segundo. Mas foi o bastante para que eu percebesse. Saí da sala de interrogatório, sem dizer uma palavra a Victor. A porta se fechou atrás de mim como o bater de um caixão.Ela estava de pé antes mesmo que eu falasse.- Você conhecia Montani. - Minha voz saiu mais baixa do que eu pretendia, carregada de frustração e desconfiança. Soou quase como uma acusação.Elena não respondeu de imediato. Os olhos fixos num ponto invisível à frente. A respiração rasa. Como se estivesse se afogando por dentro.- Não... - murmurou, por fim. - Eu não o conhecia.A pausa foi um abismo.E então ela corrigiu, a voz tremendo apenas na borda:- Eu sobrevivi a ele.O silêncio que se seguiu fez a sala de observação parecer ainda menor. As paredes pareciam apertar ao nosso redor.

Só não esperava ver ele aqui.Sala de Operações - 03:12 da manhãO silêncio daquela sala esquecida no subsolo era quase reconfortante. Quase. Ali, entre cabos expostos, ferrugem e um espelho sujo que já viu mais confissões do que a justiça, o ar pesava nos pulmões.Não era só a ausência de som. Era a presença densa de tudo que não foi dito.E de tudo que ainda seria feito.Suzana respirava com dificuldade na sala ao lado. Sedada. Intacta. Mas não por compaixão. Ela ainda era útil. Por enquanto.A porta se abriu.Eu sabia que era ele.Héctor.A presença dele sempre antecede o som. Veio como sempre: furioso por dentro, travado por fora. Uma bomba de retardo disfarçada de autoridade.Ele me viu.Sentada. Imóvel. Como se aquele ambiente sombrio fosse parte de mim. E talvez fosse.- Quer me explicar desde quando você sequestra suspeitos sem passar por mim? - a voz dele cortou o ar como lâmina. Baixa. Letal.Não desviei o olhar.Não me le