Elena Salvi sumiu.
Desapareceu como poeira levada pelo vento quente do deserto, silenciosa, invisível, inalcançável.Nem uma pista. Nenhuma digital. Nenhum rastro.Como se o mundo tivesse engolido o nome dela junto com a última respiração que trocamos.Tentei de tudo. Vasculhei bancos de dados, interroguei informantes, cruzei informações de satélite, mensagens interceptadas, câmeras de segurança em cada fronteira...Nada.Nem sombras.Nem vultos.Somente o vazio.Por um tempo, achei que Ícaro tivesse conseguido.Pensei que ele tivesse chegado antes de mim. Que tivesse feito o que sempre ameaçou: dar fim a ela.Mas havia algo... Algo dentro de mim que se recusava a aceitar. Um instinto. Ou talvez só o desespero de um homem que perdeu mais do que podia suportar.Elena não estava morta. Eu sentia isso.Como se cada célula do meu corpo gritasse seu nome mesmo no silêncio. Ela estava viva. Escondida. Aprisionada. Ou pior forçada a desap