A van avançava lentamente por uma estrada esquecida entre montanhas, longe de radares e estradas principais. No banco de trás, entre almofadas improvisadas, as crianças dormiam. Algumas choravam baixinho, outras apenas tremiam em silêncio.Cael, com o braço enfaixado, observava-as uma a uma. Em silêncio.Helena o observava.— Por que agora? — ela perguntou.Ele não respondeu de imediato. Estava esgotado, mas lúcido.— Porque hoje… eu vi o que poderia ter sido, se alguém tivesse feito isso por mim.Helena cruzou os braços, encostada na parede metálica do veículo.— E amanhã?— Amanhã eu talvez volte a ser um erro. Mas hoje, pelo menos, fui humano.Ela se calou. Não havia espaço para arrependimento. Mas havia… compreensão.Na base da resistência, a chegada foi recebida com aplausos e lágrimas. Médicos se ajoelharam para examinar as crianças. Voluntários correram com cobertores. Eva chorou sem conter a emoção, e Noah abraçou dois garotos ao mesmo tempo.Helena caminhava em silêncio entre
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