Ecos da VerdadeDias mais tarde, o sol da tarde filtrava-se pelas janelas da casa de Caleb, desenhando sombras amareladas sobre o tapete da sala. Lucas dormia no quarto, exausto, como se tivesse descarregado toda a energia ao abrir a porta da dor com aquelas palavras. Caleb, ainda sentado no carpete, tentava absorver o que ouvira. O desenho que o filho apontara agora jazia sobre a mesa de centro.Era uma figura feminina, com cabelos longos e claros, deitada numa cama. Ao lado dela, um rosto sombrio, sem olhos, segurava o que parecia ser um papel. Uma linha vermelha ligava os dois corpos.Caleb esfregou as têmporas com força. Sentia como se estivesse sendo puxado para um redemoinho de lembranças, questionamentos e raiva. “Ela sabia. Ela interferiu.”Levantou-se com um impulso rápido, como se a imobilidade pudesse matá-lo. Caminhou até o escritório e puxou a pasta onde vinha organizando os documentos de Sofi. Tudo ali, antes era apenas uma tentativa de encontrar paz, agora parecia
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