POV CATARINADepois de chorar e, ao mesmo tempo, tentar entender que sentimento era aquele que tomava conta de mim, uma raiva brotou no meu coração.E, a cada vez que a lembrança de José Eduardo e Natália brincando na beira da piscina voltava à minha mente, essa raiva só aumentava.Peguei a fantasia e vesti com gosto. Era “show” que meu querido priminho queria? Pois ele teria um show.Até cheguei a colocar o detalhe de renda na perna, mas achei vulgar demais. Não combinava comigo.— É, não precisa de tanto — falei para mim mesma, encarando minha imagem no espelho.Então tive a ideia de colocá-la no pescoço.— A-há, agora sim! — falei empolgada. — Bem melhor! Bem melhor.Quando já estava pronta, saí do quarto me tremendo toda, com o coração quase na boca. Era pura ansiedade. Eu nunca tinha me exposto com uma roupa tão sexy daquele jeito antes.Assim que alcancei a escada e desci até a metade, todos os olhares se voltaram para mim.Bruno, o amigo do José, ficou longos segundos me encara

POV JOSÉ EDUARDOEu queria não parecer desesperado procurando pela Catarina na festa, mas estava difícil manter a calma.Pra onde quer que eu olhasse, não a encontrava. Aí várias paranoias começaram a inundar minha cabeça.Primeiro, pensei que ela poderia ter caído na piscina de novo. Será?Não, cara, a piscina tá lá, e não tem ninguém.Depois, as coisas piores começaram a vir, como a ideia de a Catarina estar presa em algum lugar com algum safado daquela festa. Eram meus amigos, e por isso mesmo eu os conhecia o suficiente pra saber que não prestavam.E essa última ideia grudou na minha mente como um chiclete. Aos poucos, meu coração começou a palpitar, e meu corpo se agitou.— Onde você se meteu, garota? Onde? — falei, dando um soco na parede ao lado.Eu estava ficando desesperado. Uma raiva imensa começava a tomar conta de mim.⸻POV BRUNOEu posso parecer um grande babaca — e confesso que, na maior parte do tempo, sou mesmo.Mas desde que vi a Catarina, soube que ela era o tipo de