Algumas horas depois, no quarto do hospital onde seu pai estava internado, Rafael entrou, com o coração apertado. Seu pai, uma figura grande e imponente, estava agora frágil, quase irreconhecível. A doença havia consumido cada parte dele, deixando apenas os ecos de uma vida que ele havia vivido com tanto orgulho. A pele de Pedro estava pálida, os olhos fundos e o corpo em estado terminal. No entanto, o olhar de Rafael era um reflexo de tudo o que ele carregava: arrependimento, culpa e, talvez, a última chance de se conectar.O momento parecia suspenso. Rafael se aproximou da cama, com os passos lentos, como se cada movimento pesasse toneladas. A máquina ao lado de seu pai fazia um som constante, mas o ambiente parecia ser preenchido apenas pelo som da respiração fraca do homem que, por tantos anos, foi seu exemplo — e também sua maior decepção.— Pai... — Rafael falou com a voz falha, incapaz de conter o nó que se formava em sua garganta. Ele sabia que o homem na c
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