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Todos los capítulos de DIAGNÓSTICO: AMOR: Capítulo 21 - Capítulo 26
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Capítulo 21
O aviso veio como um golpe seco, inesperado, que atravessou o hospital inteiro.Rafael Moretti fora oficialmente reintegrado. A notícia se espalhou rápido, trazendo alívio entre os profissionais da emergência. Ele era, afinal, o melhor cirurgião que já passara por ali — e mesmo seus colegas mais competitivos sabiam que o hospital não sobreviveria ao caos sem ele.Mas a segunda parte do comunicado caiu como uma bomba.Helena Ferreira seria desligada.A alegação era "conduta inadequada e interferência em processos administrativos". Nada além de uma desculpa bonita para encobrir a sede de punição da comissão.Assim que recebeu a informação, Rafael sentiu o estômago se revirar. Não pensou. Não hesitou.Largou o que estava fazendo, tirou as luvas cirúrgicas ainda sujas de sangue e saiu do centro cirúrgico, atravessando os corredores com passos firmes e perigosamente silenciosos.Pegou o celular, o númer
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Capítulo 22
Assim que a porta se fechou atrás de Rafael, Helena deslizou pela parede até sentar-se no chão frio do vestiário. Sua cabeça girava, os lábios formigavam como se ele realmente a tivesse beijado — mas ele não beijou.O que doía mais: o fato de ele ter se afastado ou o fato de ela ter desejado que ele não tivesse?Ela apertou os joelhos contra o peito, respirando fundo, tentando ignorar o calor persistente que invadia seu corpo, o desejo latente que nenhuma quantidade de lógica conseguia apagar.Não era só atração física. Era o peso de tudo o que tinham passado, de todas as coisas não ditas, dos olhares, dos silêncios carregados.E agora... agora era tarde demais para fingir que nada existia.Helena fechou os olhos e encostou a cabeça nos joelhos, tentando se recompor.Tentando, inutilmente, esquecer o quanto queria sentir de verdade a boca dele na sua.Rafael atravessou o corredor feito uma tempestade sile
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Capítulo 23
A sirene das ambulâncias cortava o ar da noite como gritos desesperados.Do heliponto, o rádio do hospital estalou com a mensagem urgente:— Atenção, emergência! Acidente múltiplo na ponte principal da cidade. Vários veículos envolvidos, número alto de vítimas. Preparem-se para atendimento em massa!A notícia caiu sobre a equipe médica como um raio.Dentro da sala de emergência, Rafael ergueu o olhar e trocou um rápido, tenso contato visual com Helena. Não havia espaço para as confusões pessoais naquele momento. Apenas instinto. Apenas sobrevivência.— Vamos montar três frentes! — Rafael gritou para os chefes de plantão. — Unidade de trauma, ortopedia e cirurgia geral! Cada grupo fica responsável por estabilizar o maior número de pacientes possível.Helena já estava ao lado dele, pegando os jalecos extras, montando as macas, organizando os medicamentos.— Clara, organize as fichas! João, preparem o centro cirú
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Capítulo 24
O hospital parecia um campo de batalha após a guerra.Mesmo com a emergência sob controle, a tensão ainda pairava no ar. A adrenalina começava a deixar o corpo, e com ela vinham a dor, o cansaço... e tudo o que estava sendo empurrado para o fundo.Helena caminhava pelos corredores quase como um fantasma. Tomara banho, trocara o uniforme ensanguentado, mas por dentro ainda carregava o peso das últimas horas.Ela sabia que não era só o cansaço.Sabia o que a consumia.O olhar de Rafael.O toque de sua mão.A quase decisão de beijá-la.A forma como ele lutava contra o que sentia.E ela também estava lutando.Não era só desejo.Não mais.Era a forma como ele a via — por trás da exaustão, da força, das camadas que ela construiu para sobreviver.Era a forma como ele esteve lá quando ela mais precisava.Ela parou ao lado do refeitório vazio e encostou-se à parede, tentando respirar fundo.— Você está se escondendo? — a voz grave atrás dela não a fez pular. Ela reconheceria aquele timbre em q
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Capítulo 25
Clara observava tudo.Os olhares furtivos.As palavras não ditas.A tensão que parecia um fio prestes a arrebentar a qualquer segundo.E, sinceramente, já estava farta daquilo.Helena e Rafael eram dois teimosos, dois profissionais impecáveis — mas emocionalmente desastrosos. E Clara estava cansada de ver os dois sofrerem por algo tão evidente.Ela esperou o momento certo. Um fim de turno, quase noite. O hospital começava a silenciar após o caos do dia.— Helena, Rafael — ela chamou, surgindo no corredor com a expressão inocente de quem não tramava nada. — Preciso da ajuda de vocês dois pra organizar os estoques da sala de equipamentos. É rápido. Tem coisa demais fora do lugar.Helena trocou um olhar rápido com Rafael, hesitante. Ele apenas deu de ombros.— Vamos logo com isso — murmurou.Os dois a seguiram sem desconfiar.Assim que entraram na sala, Clara apontou para umas caixas no canto.— Comecem por ali. Vou buscar os formulários no armário do corredor — disse ela, já saindo.Mas
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Capítulo 26
O hospital acordou com sua rotina habitual: alarmes apitando, pacientes sendo transferidos, médicos correndo de um lado para o outro. Mas havia algo diferente no ar naquela manhã. Algo sutil… e ao mesmo tempo gritante para quem prestasse atenção.Rafael e Helena estavam mudados.Não drasticamente. Não escandalosamente.Mas visivelmente.Os olhares demoravam um segundo a mais. Os toques profissionais se tornavam involuntários, quase íntimos. A presença de um era automaticamente percebida pelo outro, como se os dois operassem em sintonia inconsciente.E isso não passou despercebido.— Você viu? — murmurou Clara, encostada no balcão da enfermagem. — Eles chegaram praticamente juntos. E estavam sorrindo.João ergueu uma sobrancelha, cético.— Rafael Moretti? Sorrindo? Tá brincando.— Estou falando sério. Aquilo ali não é só café bom, não — Clara rebateu com um sorrisinho cúmplice.Dentro da sala de trauma, Rafael avaliava os exames de um paciente, enquanto Helena fazia o curativo em outro
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