133. Qualquer Coisa Para Se Salvar
Acordo com o sol entrando pelas cortinas entreabertas. Quando olho para o lado, Ettore já não está mais na cama. Olho ao redor do quarto, percebendo que está claro demais. Claro demais. Então, quando vejo o relógio, levo um susto: 9h15. — Droga — murmuro, correndo para o banheiro. Deveria estar na empresa há uma hora. Mas, por algum motivo, meu marido não se importou com esse detalhe. Me arrumo o mais rápido que consigo, evitando encarar o espelho por muito tempo. Minha aparência não está das melhores, mas estou atrasada demais para me importar com isso agora. Alguns minutos depois, entre uma maquiagem rápida e um café da manhã forçado, finalmente entro no carro. Mas, antes que eu consiga dar partida, o celular toca. — Bom dia, piccola — meu marido me cumprimenta assim que atendo. — Dormiu bem? — Bom dia, amore mio. Dormi muito bem, mas… por que não me acordou? — Porque você estava tão cansada que nem ouviu o alarme tocando. Preferi deixar você descansar. — Ettore, tenho t
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