O beijo silencioso, gentil, era o bálsamo que acalmava as feridas de um passado doloroso, enchia a alma de algo poderoso, leve e morno, invadia-os, conectava as almas de Dario e Helena como há décadas, o sofrimento e a distância, a memória daquela conexão havia se perdido e os reivindicava agora. Aquele instante era a expressão de um amor que era atemporal, que não se importava com nada além de existir. Não havia luxúria, era um toque sereno, adorável, que docemente os resgatava do caos, formava certezas. Ambos estavam ali, por si, um pelo outro e por um plural, o coletivo de uma só alma que expressava o único que eram, juntos. — Eu ainda te amo. - Dario ouvia a prece de Helena, sussurrada como um segredo, na voz de um anjo, que apenas ele ouvia, com o coração batendo, fortemente, emocionando o duro bandido, que o deserto, silencioso, forjou em penas e caos. Aquele momento precioso, único, se tornava algo além de corpos, eram todos que se uniam, sob o milagre pelo qual ele tanto esp
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