A sala de reuniões do último andar da Bianchi Corporations exalava poder. Um santuário corporativo feito de mármore negro, aço escovado e silêncios calculados. O relógio digital embutido na parede marcava exatamente 10h00, e os homens reunidos ao redor da longa mesa mal respiravam.No centro da tensão, como um soberano cercado por generais hesitantes, estava ele.Giovanni Bianchi.Vestia um terno cinza chumbo, talhado com a perfeição que só os melhores alfaiates de Nápoles poderiam oferecer. A camisa branca, alva como uma sentença, e a gravata preta, ajustada com precisão cirúrgica, completavam a imagem de um homem que não deixava espaço para erros — nem nos negócios, nem na vida.Seus cabelos, penteados para trás com firmeza, realçavam o traço marcado do rosto, os olhos azuis cristalinos e absolutamente inexpressivos. Eram olhos que mediam, julgavam, decidiam. E o mais assustador: nunca hesitavam.À sua direita, Vítor, o braço direito, mantinha os dedos cruzados sobre a mesa, como um
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