A noite estava carregada de eletricidade. A lua cheia pendia no céu como uma sentinela silenciosa, observando o destino que estava prestes a ser selado. O ar estava denso com algo primitivo, algo antigo.Nos aposentos de Adrian, apenas a respiração dos dois preenchia o silêncio. Sete dias de luto haviam permeado a alcateia desde a guerra contra os demônios, e agora, aquele momento de conexão parecia trazer um fio de luz após a escuridão.Eyla sentia cada célula de seu corpo vibrar. Desde sua transformação, o mundo nunca mais foi o mesmo. Sete dias de luto haviam envolvido a alcateia desde a guerra com os demônios, e nesse tempo, Eyla corria pela floresta em forma de loba, tentando encontrar sentido, tentando entender a força nova que pulsava dentro dela.Sentia-se parte da alcateia, sentia a força correndo por suas veias, mas o que mais a assombrava era a conexão com Adrian. Ele era seu Alfa. Ele era seu tudo.Adrian se aproximou lentamente, os olhos verdes brilhando como brasas. O ol

A alcateia estava em alerta. O chão vibrava com a presença de criaturas que, há muito tempo, apenas se comunicavam por meio de mensageiros ou encontros breves e distantes. Mas agora, estavam ali, em carne e osso, atraídos por algo que não podiam ignorar: a seladora da paz, a loba transformada.Eyla sentia a presença deles antes mesmo de vê-los. Seu corpo parecia se ajustar ao ambiente de maneira instintiva, seus sentidos aprimorados captando cada detalhe. A brisa trazia aromas desconhecidos, o farfalhar de tecidos elegantes misturava-se aos passos leves, e o peso dos olhares queimava sobre sua pele.Adrian permaneceu ao seu lado, imponente. Seu olhar de Alfa não deixava dúvidas sobre sua posição.Qualquer um que ousasse ultrapassar limites encontraria sua fúria.O primeiro grupo a se aproximar era dos vampiros. Eles tinham uma elegância inegável, vestes escuras que se moldavam aos corpos como sombras vivas. O líder deles, um homem alto e pálido de olhos vermelhos, sorriu de maneira en

A reunião diplomática havia chegado ao fim, mas o impacto que deixará em Eyla ainda reverberava dentro dela. As palavras do líder vampiro ecoavam em sua mente:"Você é a chave do nosso mundo agora."O peso dessa verdade era esmagador. Ela jamais escolhera esse destino, mas ali estava, sentindo-se como uma peça fundamental em um jogo muito maior do que ela poderia compreender completamente.Adrian, ao seu lado, não desgrudava um instante sequer. Seu toque firme em sua cintura era um lembrete silencioso de que ela não estava sozinha, mas, ao mesmo tempo, era um aviso ao mundo de que ela lhe pertencia.Dentro dele, seu lobo ainda rugia de insatisfação. A aproximação dos vampiros, os olhares prolongados, os sussurros em tom de admiração — tudo isso havia acendido uma fúria territorial nele.Eyla sentia essa energia fluindo por ele, como uma tempestade contida.Assim que as últimas delegações partiram, Adrian a puxou delicadamente pela mão, conduzindo-a para o interior de seus aposentos. O