RavenaO ar estava denso como fumaça turva.O salão principal, com seus vitrais altos e colunas talhadas em obsidiana, tremia sob o peso da fúria de Cyrus. Sua aura se espalhava como uma maré escura, encharcando cada centímetro daquele lugar com uma presença tão poderosa e brutal que alguns lordes precisaram se apoiar nas paredes para não cair. Um dos mais jovens recuou três passos antes de se ajoelhar com o rosto pálido e os olhos arregalados.Eu senti que Cyrus não se importava em feri-los. Ele queria que sofressem. A pressão era esmagadora. Como estar sob um céu prestes a ruir, com o trovão vibrando dentro dos ossos. Cyrus não falava. Ele não precisava.Mas eu me mantive de pé.Imóvel. Intocada. Porque aquela aura não era feita para me afetar ou me destruir. Era feita também para me proteger.Os vampiros que compunham a corte, reunidos com suas túnicas pesadas e adornos de poder, olhavam para mim com uma mistura de medo e ultraje. Eu via o veneno em seus olhos, o pavor do descontro

CyrusO lençol escorregava lentamente pelas curvas de Ravena, revelando a pele quente, marcada pela noite de paixão e do desejo que ainda vibrava entre nós. Ela se sentou à beira da cama, os cabelos revoltos caindo em ondas negras sobre as costas nuas. Meus dedos tocaram a pele macia e perfeita, seguindo o traço de sua coluna, descendo com reverência até a pequena curva que começava a surgir em seu ventre.Aquela visão me prendeu. Não pelo desejo, embora ele ardesse sob minha pele como brasa viva, mas pela realização silenciosa de que, dentro daquele corpo, existia mais do que carne e poder. Ela se virou suavemente, me oferecendo um sorriso que fez meus ossos reagirem.— Eu concordo com você, sabe? — disse, a voz rouca da satisfação ainda cheia de sensualidade. — Ficar aqui fazendo sexo gostoso o dia inteiro, até amanhã, repetir tudo de novo, recomeçando várias e várias vezes...Sorri.— Seria o mais sensato. Especialmente porque ainda estou duro, louco de vontade de me enterrar dent