Maya caminhava pelos corredores do hospital, ao lado dos gêmeos, seguindo a enfermeira em direção a Justin. Seu olhar, porém, desviava-se ocasionalmente para Caio e Carlos, na vã esperança de que eles reconsiderassem a ideia de acompanhá-la. No entanto, sabia que nada no mundo os deteria. Os gêmeos eram tão teimosos quanto lobos em sua caça, e a perspectiva de abandonar a missão estava fora de questão.Enquanto caminhavam, um ar de desconforto pairava sobre Maya. Imaginar o reencontro com seu antigo namorado, Justin, era constrangedor o suficiente. A ideia de apresentá-lo aos seus atuais companheiros, os gêmeos possessivos, criava um nó em seu estômago. Ela sabia que a situação seria complexa, e uma parte dela desejava, secretamente, que os gêmeos desistissem antes que as coisas ficassem ainda mais complicadas.A tensão estava visível em cada passo que davam. Caio e Carlos, ao lado de Maya, também estavam tensos. Uma sensação de proteção instintiva os impelia a defender Maya do que qu

Maya retirou sua mão das de Justin, sentindo uma mistura de desconforto e confusão:"Justin, você terminou comigo e sumiu, se lembra?" disse ela, seu tom revelando uma mistura de ressentimento e incerteza.Justin passou as mãos pelos cabelos exasperado, como se tentasse encontrar as palavras certas:"Fui visitar os túmulos dos meus pais, sabe que gosto de ir sozinho. E não terminei, Maya. Foi tudo da boca para fora. Você sabe que te amo."A confusão dentro de Maya se intensificou. As palavras de Justin mexiam com sentimentos antigos e enterrados:"Justin, eles são meus companheiros...", começou ela, tentando explicar a complexidade da situação."Se não fosse esse maldito vínculo, você escolheria eles a mim?" interrompeu Justin, seu olhar fixo nos olhos de Maya.Maya sentiu um nó se formar em sua garganta. Ela sabia a resposta. Não escolheria os gêmeos, não porque não os amava, pois agora ela reconhecia que esse sentimento estava bem vivo dentro dela desde sua infância. No entanto, May

O final do expediente trouxe consigo a inevitável despedida de Maya do hospital. Ao se dirigir à saída, ela sentiu uma tensão crescente ao notar Justin à espera na porta. Mesmo preparada para o encontro, a presença dele ainda a perturbava. Um sorriso fingido adornou seus lábios quando Justin se aproximou, dizendo suavemente:"Posso te levar para casa?"Maya hesitou por um momento, sentindo o peso da situação:"Justin, eu moro com Caio e Carlos agora, não acho que seja uma boa ideia", respondeu ela, sua voz firme, mas carregada de uma compaixão que ainda residia em seu coração.Um vislumbre de decepção atravessou os olhos de Justin, mas ele rapidamente disfarçou com um sorriso triste:"Desculpa. Por um momento, trabalhando juntos hoje, eu me esqueci. Tudo parecia como nos velhos tempos", disse ele, tentando amenizar o desconforto que pairava entre eles.Maya assentiu, compreendendo a nostalgia que Justin experimentava:"Te vejo amanhã", respondeu ela, afastando-se rapidamente, buscando

A noite se desdobrava na penumbra da sacada, onde um corvo observava silenciosamente a dança ardente de Caio, Carlos e Maya. Seu olhar perspicaz acompanhava os contornos das sombras projetadas no quarto, revelando os momentos de luxúria compartilhados entre os três. O corvo, mensageiro das trevas, permanecia imóvel, apenas observando, até que a exaustão trouxe a quietude aos amantes.Somente quando os três adormeceram saciados é que o corvo alçou voo, afastando-se com suas asas negras cortando o ar noturno. Seu papel como observador sombrio estava cumprido por enquanto.Enquanto isso, no quarto da pensão, Justin estava imerso em seu próprio tormento. Com um suspiro de frustração, ele liberou os poderes malignos que o envolviam, soltando uma série de palavrões. Ele sabia que era apenas uma questão de tempo até que Maya, de fato, pedisse para que os gêmeos a marcassem, e seus planos cuidadosamente elaborados desmoronassem. A visão de Maya se aconchegando entre os irmãos para dormir, per

Maya e Mia rapidamente perceberam a gravidade dos ferimentos de Justin quando começaram a avaliá-lo. Seu ombro exibia uma fratura exposta, várias mordidas marcavam sua pele dilacerada, e seu braço estava quase triturado em um ponto. Trocando olhares sérios, as duas médicas se concentraram em seus papéis, determinadas a dar o melhor de si para salvar a vida do homem que há pouco tempo atrás era seu namorado.O procedimento foi intenso, e cada ação era executada com precisão e urgência. Após uma hora de trabalho árduo, Justin estava estável. As mãos habilidosas de Maya e Mia haviam feito maravilhas, estabilizando-o e garantindo que todos os procedimentos fossem um sucesso.Justin foi levado para a sala de recuperação, enquanto as médicas exaustas se dirigiram à sala que compartilhavam. Mia olhou para Maya com um misto de preocupação e curiosidade:"Mas o que será que aconteceu? Com quem será que ele brigou?"Maya, sentindo um arrepio percorrer sua espinha, ponderou sobre as possíveis ca