A comoção do lado de fora do quarto trouxe um sorriso vitorioso ao rosto de Justin. Agora, ele tinha a oportunidade perfeita para fazer com que Maya o odiasse ainda mais pelos supostos acontecimentos. Fechou os olhos e fingiu uma respiração difícil, uma expressão de profunda dor desenhada em seu rosto. Maya, ao entrar no quarto junto com Mia, se assustou ao ver Justin pálido sobre a cama, em um ambiente sem janelas que parecia ainda mais sombrio. A atmosfera claustrofóbica não ajudava a dissipar o desconforto que ela sentia. Aproximando-se da cama, Maya tocou a testa de Justin, que gemeu em resposta: "Justin, você pode me ouvir?" ela perguntou, preocupada. Fazendo uma encenação digna de um Oscar, Justin abriu os olhos lentamente e, ao avistar Maya, gritou como se estivesse apavorado. Implorou para que ela se afastasse, alegando que "eles" o matariam. Maya sentiu um frio percorrer sua espinha, enquanto Mia observava a cena, perplexa. "O que diabos aconteceu com você?" Mia, perden

Maya sentiu a pressão do tom alfa de Caio desde o primeiro instante em que ele o usou. Era como se uma corrente invisível a obrigasse a abrir seu coração e revelar os segredos mais profundos. A voz de Caio ecoava em sua mente, impondo-se sobre sua vontade, enquanto ela começava a narrar a história que Justin compartilhara com ela.Os olhos de Maya, normalmente cheios de determinação, estavam agora marejados de lágrimas. Cada palavra que escapava de seus lábios era um peso adicional em sua alma. Ela revivia os momentos que Justin lhe contara, recriando as cenas com uma clareza que doía. O que era para ser uma narrativa fria transformou-se em uma confissão emocional. A vulnerabilidade a envolvia como uma sombra, enquanto ela era forçada a expor as feridas mais profundas de seu coração.Caio, ao impor o tom alfa, sentiu a amargura dessa situação. Detestava ter que recorrer a tais medidas, mas sabia que era necessário para manter Maya ao seu lado e de Carlos sem rejeitá-los. Ele observava

Justin amaldiçoou a intervenção dos guardas, lamentando o fato de que agora Maya estava pensativa. Com astúcia, ele novamente fingiu estar sofrendo uma dor insuportável, gemendo alto. Maya, saindo de seus pensamentos, levantou-se para chamar a enfermeira.Ao chegar à porta, porém, deparou-se com a enfermeira em uma conversa com Tito. Ela ouviu a enfermeira dizer: "A forma como eles investiram nas escolas para seres sobrenaturais foi incrível. Antes, era muito comum termos que enviar nossos filhos para escolas humanas, e quantos acidentes isso já não causou quando um sobrenatural perdia a paciência com um humano? Para mim, eles mereciam uma companheira melhor."A enfermeira percebeu a presença de Maya, mas deu de ombros e entrou no quarto para verificar Justin. Maya, por sua vez, ficou ali, parada, absorvendo as palavras que acabara de ouvir.Ela se deu conta de quão injustas suas palavras tinham sido. Por mais que os gêmeos pudessem ter sido difíceis com ela no passado, isso não signi

O dia se desenrolava para Maya com uma hostilidade crescente. Tanto as enfermeiras quanto os pacientes pareciam reagir de maneira estranha à sua presença. Alguns, inclusive, recusavam-se a ser atendidos por ela. A confusão envolta nesse comportamento a deixava perplexa, sem entender ao certo o que estava acontecendo.A tensão à sua volta aumentava, criando uma atmosfera desconfortável que envolvia o hospital. Maya buscava refúgio no quarto de Justin, onde a vigilância na porta fazia com que quase ninguém fosse ali. Além disso, ela estava preocupada com ele, pois não parecia estar mostrando melhoras significativas. A cada visita, parecia que Justin tentava se fazer de forte, mas sempre que pensava que Maya não estava olhando, fazia caretas de dor ou soltava gemidos baixos.Maya sentia-se isolada, como se uma sombra pairasse sobre ela. A incompreensão quanto ao motivo dessa hostilidade a machucava profundamente. Ela dedicara sua vida a cuidar das pessoas, e agora, parecia que estava sen

Andreza, a bruxa da floresta, deixa a casa que agora divide com Dilan, seu companheiro, e caminha com urgência em direção à floresta. Seus passos são rápidos, e a tensão em seus movimentos é evidente. Como sempre acontece quando está nervosa ou excitada com algo, seus poderes mágicos ficam descontrolados, fazendo com que objetos ao seu redor comecem a flutuar, dançando ao compasso de suas emoções.Dessa vez, o nervosismo toma conta de Andreza de uma maneira mais intensa. Seus cabelos esvoaçam ao vento, revelando a aura mágica que a envolve. A linda bruxa saiu tão apressada de casa que sequer teve tempo de calçar um sapato. Contudo, para ela, isso é dispensável, já que seus pés mal tocam o solo, flutuando suavemente acima dele. Gravetos e folhas acompanham sua passagem, dançando em uma coreografia mágica que reflete o turbilhão de pensamentos em sua mente.A floresta, sempre envolta em uma atmosfera mágica, parece responder ao chamado de Andreza. A natureza ao redor dela ressoa com sua