O quarto estava mergulhado em uma penumbra suave, a luz filtrada pelas cortinas pesadas criava um ambiente tranquilo. Maya observou o jovem Daniel, deitado na cama, sua expressão contorcida revelando a tormenta que se desenrolava dentro dele. Ela sentiu o peso da dor que emanava do rapaz, uma dor que ia além do físico, penetrando nas profundezas de sua alma.
Com passos cuidadosos, Maya se aproximou da cama, seus olhos fixos no rosto angustiado de Daniel. Sua mão delicada alcançou a testa do jovem, e um sibilo suave escapou de seus lábios. Era uma melodia etérea, quase imperceptível, mas carregada de um poder que transcendia o compreensível. A expressão de Daniel começou a mudar, transformando-se de agonia para alívio. As feras internas que o atormentavam pareciam ceder diante da influência calmante de Maya.
Pela primeira vez em muito tempo, o semblante tenso de Daniel suavizou, e ele soltou um sopro profundo, como se estivesse finalmente encontrando a paz. Seus olhos se abriram, agora