— O que eu quero saber, eu sempre descubro. — Disse Sterling, com um tom indiferente, como se estivesse falando de algo trivial. Callum sentiu um leve desconforto crescer dentro dele. Talvez fosse pelo fato de ser amigo de Sterling há tanto tempo e nunca terem tido um conflito direto, mas ele havia se esquecido de quem Sterling realmente era. Sterling era como um lobo: feroz, implacável e mortal. Tornar-se inimigo dele era pedir para ser devorado até não sobrar nada. — Se não é um bom momento para conversar, deixamos para outra hora. Mas Londa é uma cidade pequena. Às vezes, basta virar a esquina para dar de cara com certas pessoas. — Sterling acrescentou antes de desligar o celular abruptamente. Callum permaneceu segurando o celular, notando que suas mãos estavam tremendo. Era impossível ignorar o tom de ameaça nas palavras de Sterling. Por um momento, Callum ficou completamente perdido. Sterling estava se referindo a quem? À sua mãe? Ou à pessoa com quem ele acabara de conver

— Acabei de receber uma informação: sua ex-mulher foi até a delegacia. E ela levou provas suficientes para incriminar Teresa. Ah, e também levou algo seu... — O homem não terminou a frase, porque Sterling o interrompeu.— Quando ela foi? — Sterling perguntou com frieza.— Agora há pouco! Ela deve ter descoberto que você providenciou documentos falsos para Teresa escapar do país, por isso correu para a delegacia para denunciar! E o pior, a polícia já emitiu um mandado de prisão. Você e Teresa não têm como escapar, hahaha! — O homem soltou uma risada alta. Seu rosto juvenil não parecia ameaçador, mas Sterling sabia muito bem que ele era perigoso.— Você também é inacreditável. Por que não contou para sua ex que entregar documentos falsos para Teresa era só um plano para fazê-la baixar a guarda e permitir que a polícia a pegasse? — O homem continuou, com um sorriso provocador.— Osvaldo, cala a boca! — Sterling ordenou, a voz cheia de autoridade.Osvaldo imediatamente fechou o sorriso e l

Teresa sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Sterling, durante todos esses anos, sempre havia se mostrado tão gentil e tranquilo na frente dela que ela quase se esqueceu de que, na verdade, ele era como um lobo feroz, capaz de devorar alguém sem deixar vestígios. Naquela noite, Sterling descobriu tantas coisas sobre ela. O dia inteiro havia passado sem nenhuma turbulência, mas esse silêncio parecia assustadoramente estranho. Além disso, Callum havia dito que a partida estava marcada para a noite seguinte. No entanto, à tarde, ele ligou de repente dizendo que a saída seria antecipada para aquela mesma noite. Seria isso uma armadilha? Teresa, ao pensar nessa possibilidade, sentiu o suor frio escorrer por seu corpo. Se Sterling estivesse realmente por trás de algum plano contra ela, não haveria saída. Ela certamente estava condenada. Ela se lembrou de algo que Sterling havia dito naquela noite: ele queria que ela vivesse um destino pior do que a morte. O medo tomou conta del

Não ouvindo nenhuma resposta, Sterling franziu a testa. Clarice não tinha escutado ou estava fingindo não ouvir? Hesitando por um momento, ele estendeu a mão e empurrou a porta. — Clarice, eu voltei. Fechando a porta atrás de si, ele entrou no quarto segurando o buquê de flores. Mas, ao olhar para a cama, parou abruptamente, chocado com a cena que tinha diante dos olhos. O quarto estava um caos. A moldura da foto de casamento, que ficava no criado-mudo, havia sido quebrada. Pedaços de vidro estavam espalhados por toda a cama. A foto fora jogada de qualquer jeito, e a noiva na imagem estava com a cabeça recortada, restando apenas o corpo no vestido branco. Sterling ficou atônito. O que tinha acontecido ali? Sem tempo para pensar, ele deu meia-volta rapidamente, abriu a porta e gritou para o andar de baixo: — Catarina, suba aqui agora! Catarina, ouvindo o tom urgente, correu escada acima, confusa com o que poderia ter acontecido. — Sr. Sterling, o que houve? Sterling

Ao ouvir a notícia da morte de Clarice, Sterling parecia ter sido atingido por um golpe invisível, direto no peito. Seu rosto ficou instantaneamente pálido, seus olhos se arregalaram, transbordando um misto de incredulidade e dor devastadora. Ele tremia, os lábios se moviam levemente como se tentasse dizer algo, mas nenhum som saía. Uma onda de desespero e angústia tomou conta de seu corpo, fazendo o sangue ferver e subir até a garganta. Com um grito baixo e abafado, uma golfada de sangue irrompeu de sua boca de forma inesperada, manchando o chão ao seu redor com um vermelho vivo e assustador. Seu corpo parecia ter perdido toda a força, e ele caiu lentamente para trás, batendo com força no chão frio e duro. A consciência o abandonou, deixando no ambiente apenas o silêncio sombrio de sua desolação. Isaac, ainda no telefone, ouviu o som de algo pesado caindo ao chão. Seu coração disparou, mas ele rapidamente tentou manter a calma. Com os dedos trêmulos, ele discou o número de Catar