A sala de maquiagem estava silenciosa, apenas interrompida pelos barulhos secos dos frascos sendo movidos no balcão. A maquiadora, com olhar frio e impaciente, gritou sem sequer olhar na direção de quem chamava:— Amara, é sua vez.Ela fechou calmamente o roteiro, levantou-se e caminhou até a bancada. Apesar da tensão no ar, manteve a voz gentil:— Desculpe o incômodo.Alice Klues, a maquiadora responsável naquele dia, soltou um suspiro longo antes de pegar os pincéis. Quando ergueu a mão para começar o trabalho, Amara observou com atenção os produtos sobre a mesa. Foi então que, de forma sutil, levantou a mão para interrompê-la.— O que você está fazendo? — Alice perguntou, surpresa.— Alice, será que eu poderia usar minha própria maquiagem? — a atriz falou num tom doce, mas firme. — Minha pele é muito sensível… Já tive reações antes com algumas marcas.A resposta veio afiada:— De jeito nenhum! Aqui seguimos o padrão de produção. Se algo der errado, você vai assumir a responsabilidad
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