Amara ainda incrédula com a decoração quando Pitter a questionou.
— O que há de errado? Não gostou? — Pitter estava de pé, parado atrás dela.
Ela levou os dedos à testa, tentando organizar os pensamentos. Suspirou.
— Não é uma questão de gostar ou não...
— Então, o que está incomodando?
Ela hesitou.
— Senhor Pitter...
— Use meu nome.
— Tudo bem... Pitter — respondeu, quase num sussurro. — Você não acha que está me tratando... bem demais?
A forma como ele cuidava de tudo ao redor dela, com tanta gentileza e atenção, fazia parecer... outra coisa. Amara não sabia ao certo o que pensar, mas sua intuição gritava.
Pitter sorriu, um sorriso calmo, como quem acabava de ensinar algo importante a uma criança.
— Então você finalmente percebeu.
Ela não soube o que dizer. Ficou imóvel, os olhos perdidos no chão.
Vendo sua expressão confusa, os olhos dele escureceram por um instante, antes de suavizarem novamente.
— Você salvou Théo, Amara. Ele ainda precisa de você. Por muito tempo. Há algo de erra