Ao chegar à sala de estar, seus dedos longos ainda tremiam levemente.Bruno revirou uma das gavetas até encontrar um frasco de remédios. Derrubou cinco ou seis comprimidos na palma da mão e os enfiou direto na boca.Engoliu a seco.Só depois de alguns minutos sentiu o alívio se espalhar pelo corpo.No relógio da parede, o ponteiro das horas já marcava cinco.Do lado de fora, o céu era uma escuridão espessa, sem uma única estrela visível.Sentado no sofá da sala, Bruno pegou o celular e abriu a conversa com Paulo.[Você vem hoje à noite?]Aquele horário, Paulo provavelmente já devia estar dormindo.Bruno estava prestes a sair da conversa quando, de repente, a resposta chegou.[Bru, você acordou?][Sim, estava aí. Você não imagina o quanto a sua cunhada ficou preocupada quando você desmaiou!][E aí, dormir com alguém te vigiando não te deu uma sensação de segurança diferente?]Bruno entendeu na hora.Aquela atitude de Juliana, de ficar ao lado da cama, tinha claramente o dedo de Paulo po
Ler mais