Eu ainda tentava entender direito o que estava acontecendo quando, do outro lado da linha, passou a soar uma voz feminina abafada. Parecia uma enfermeira falando de algum procedimento hospitalar.Franzi a testa, preocupada, e perguntei: — Antônio, o que está acontecendo? Onde você está agora?— Haha, onde eu estaria? Estou trabalhando, claro, na empresa.— Mentira sua. Aposto que você está no hospital, ouvi alguém aí falando de curativo agora mesmo.— Que nada, para com isso. Estou bem, como eu ia estar no hospital? Depois a gente se fala, tá? Preciso desligar.Ele desligou rápido, completamente na defensiva, deixando na cara que não queria que eu descobrisse nada. Eu já sabia que, quando ele não queria falar, nada o fazia abrir a boca, por mais que eu insistisse.Com o coração apertado e inquieto, comecei a perguntar por aí e acabei descobrindo que, para conseguir dinheiro, meu irmão tinha começado a trabalhar como dublê, encarando cenas de luta e perigo. Na noite passada mesmo, ele
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