Capítulo 06

Fernando Cortez

Os dias passaram rapidamente e retornei ao quartel na última semana. Foquei nas minhas atividades administrativas e em meus treinos. Mal encontrava meu grupo, pois eles sempre estavam muito ocupados com suas tarefas após seus treinos diários. Não voltei a encontrar a senhorita Hernandes depois daquele episódio embaraçoso no corredor, poderia apostar que ela estava me evitando após ter dito aquelas palavras.

Sabia o impacto que causava nas subordinadas daquele quartel, sempre pegava as próprias suspirando e com a soldada Hernandes, não seria diferente. Acredito que todas às vezes que chegava perto, ela se desestabiliza, ou pelo menos jurava que ela começava a imaginar coisas indecentes. Até tentava disfarçar, contudo, seu rosto lhe entregava e às vezes tinha vontade de rir do seu jeito.

Mas eu não era um homem que procurava relacionamentos ou mulheres para me envolver, não após ter passado por uma grande desilusão amorosa. Para mim, nenhuma mulher prestava. Elas só sabiam te seduzir e fazer você ficar completamente louco por elas para depois esmagar seu coração com a ponta de seus saltos.

Ninguém mudava minha opinião sobre isso, pois já havia provado o gosto amargo do veneno de umas delas. E com a soldada Hernandes não seria diferente, além disso, por ser bem mais nova do que eu, com toda certeza, no final ela me destruiria.

Na manhã seguinte estava preenchendo algumas fichas quando Klaus apareceu me atormentado a paciência. Confessou-me que Helena e Luísa estavam realizando um ótimo trabalho com os cavalos da infantaria e resolvi ir até os estábulos para conferir.

Ao chegar no lugar, vi Helena conversando com o seu colega de trabalho, e o próprio a convidava para um encontro. Aquilo me incomodou um pouco e acabei me pronunciando, e claro, acabou em discussões, porque a soldada tinha uma língua muito afiada para responder. No final acabei vencendo a discussão ao lhe dar uma bela punição. Ela pensava ser quem para me afrontar daquela maneira? 

No dia seguinte lhe aplicaria um belo castigo. Ninguém naquele quartel jamais ousava me enfrentar. Sempre que dizia algo, eles rapidamente abaixavam a cabeça em sinal de respeito, entretanto, ela não; resolveu me desafiar e isso iria lhe custar caro.

Levantei às 03h30min da manhã apenas para colocar meu plano de vingança e punição em prática. 

Tomei meu banho e logo, após colocar minha roupa de treinamento, passei na lavanderia procurando um balde e o enchi com água da torneira e verifiquei a temperatura. Estava bem gelada, e ótima para o que pretendia fazer.

Abri a porta do quarto observando Helena e sua amiga dormirem, não podia negar que ela era bonita. No entanto, saí do meu transe e despejei toda água em cima da mesma que pulou da cama assustada, tive vontade de rir, entretanto, me controlei.

Hernandes me olhava com ódio e os dentes trincados, porém, se controlou e suspirou, enquanto sua amiga me observava incrédula.

 Informei que ela tinha cinco minutos para se vestir e trocar de roupa e me acompanhar para os seus treinos diários, em seguida, me retirei do quarto.

 Encostei-me na parede do lado de fora contando os minutos no relógio que logo se passaram. Quando iria entrar novamente no quarto, ela surgiu vestida na sua roupa de treino e seu cabelo em um coque e disse, me olhando séria:

 — Estou pronta, General Cortez, podemos ir.

Sorri sarcástico e disse:

— Ótimo! Espero que tenha acordado bem disposta para os treinamentos que te esperam.

Saí andando e ela logo atrás de mim. Quando chegamos ao campo de treinamento pude ver que ainda era muito cedo, pois o céu ainda estava muito escuro. 

Me sentei no banco enquanto Hernandes me olhava séria, e disse a ela:

— Quero que dê quarenta voltas ao redor da quadra e depois repita a caminhada entre os pneus dez vezes.

 Ela me olhou incrédula e falou indignada:

 — Isso é um absurdo! Por que tenho que dar quarenta voltas nessa quadra imensa e depois caminhar dez vezes entre os pneus?

— Penso que ainda não entendeu, não é mesmo? Estou te aplicando uma punição, Hernandes! Quer que eu triplique seu castigo? 

Olhei para ela de forma séria enquanto a mesma bufou e disse se alongando:

— Não precisa, eu já entendi, general. Vou começar meus treinos.

— Ótimo! É bom que você entenda de uma vez quem é que manda aqui!

Ela me deu as costas e começou a correr. Assim que completou primeira volta, parou, descansou tomando fôlego e novamente voltou a correr.

Quando finalmente terminou as quarenta voltas, foi para os pneus e começou caminhar entre eles. Tinha que admitir que a garota era dura na queda. Ela recuperou o fôlego e depois terminou a última corrida e se apoiando na parede, recuperando o ar. 

Me aproximei e comentei maliciosamente:

— Bom trabalho. Agora quero que faça cem abdominais e cinquenta agachamentos, depois tem a escalada na parede com a corda ali. 

Helena me encarou ainda ofegante e respondeu:

— Só preciso tomar água e depois continuo. Não demorarei.

Ela passou por mim e foi até o bebedouro. Após isso, terminou os últimos exercícios. 

Helena não pediu arrego, pelo que eu via, era uma soldada bastante forte. Outros soldados não aguentariam e já teriam pedido perdão ou clemência, entretanto, ela não, mas queria ver até onde ela era durona. 

Comecei a perceber que a própria iria me dar dor de cabeça, mas eu iria coloca-la no eixo. Nenhuma subordinada de cargo inferior pensaria que poderia cantar de galo para cima de mim.

Quando os treinos acabaram, percebi que ela estava bastante exausta, contudo, não reclamou e apenas me observou. 

Seus olhos eram bastante castanhos, talvez pela claridade do sol que começara a surgir. Seu rosto estava vermelho pelos exercícios que fez. Também não deixei de olhar para suas pernas, não havia reparado direito antes porque estava escuro. Ela tinha umas pernas maravilhosas e as coxas bem torneadas, a cintura era perfeita, e os seios tão fartos. Não evitei de passar a língua entre os lábios.

A falta de sexo estava me fazendo enxergar aquela m*****a garota, atraente e gostosa, porque sentia vontade de arrasta-la até meu escritório e a foder com força, lhe aplicando uma punição maior e bem mais gostosa.

Suspirei, me levantando do banco enquanto ela se aproximava comentando:

— Já terminei meus exercícios, estou liberada? 

Então eu disse, a olhando intensamente:

— Você já pode ir, mas sua função hoje será mais pesada. Quero que ajude nas limpezas dos carros.

— Tudo bem, só tomarei meu café e sigo para lá, mais alguma coisa? 

Puxei uma lista de tarefas da minha prancheta e sorri diabolicamente. Ela me olhou indignada, mas não ousou me responder outra vez.

— Bom, com licença, general, meu dia será cheio.

— Tem toda, Hernandes. Que tenha um ótimo dia! - ironizei a última frase a fazendo me lançar um olhar de ódio e me dá as costas.

Senti vontade de gargalhar ao ver aquela cena, mas também não deixei de reparar que Hernandes tinha uma bela bunda que marcava o seu shorts. Nossa, que raba... Me imaginei até dando uns belos t***s nela.

Não sabia o que estava acontecendo comigo ultimamente. Hernandes conseguia me deixar perturbado ao olhar para ela, entretanto, sacudi a cabeça tirando esses pensamentos chulos.

Voltei à minha sala e tomei um banho. 

Meu escritório tinha apenas uma vantagem; nele havia uma porta onde ligava ao meu quarto com um banheiro. Ter chegado ao cargo que estava, havia seus benefícios. 

Lutei muito para chegar onde estava. Aprendi com o meu antigo superior que para chegarmos ao topo, temos que agir seriamente e colocar cada soldado no seu lugar para termos seu respeito.

Ao entrar no chuveiro novamente, as imagens de Helena surgiram em minha frente. Pensava que eu era um cara que sempre tinha autocontrole, contudo, minha vontade era a colocar de joelhos na minha frente e a fazer pagar as punições de outro jeito, uma delas era a fazer engolir e chupar meu pau até o talo na sua garganta. Outra, seria bater naquela bunda gostosa enquanto estivesse a socando por trás.

 Céus, o que está acontecendo comigo? Fazia muito tempo que não sentia vontade de ficar com uma mulher, e desde que aquela novata chegara, não deixei de pensar nela. Até sonhos eróticos andava tendo. 

A melhor coisa que tinha que fazer, era me afastar daquela garota. Já previa que ela era um perigo para mim, mas antes faria ela me pagar por aquela afronta.

Após meu banho, coloquei meu uniforme e voltei às minhas tarefas diárias. Manter a cabeça ocupada era a melhor coisa que eu poderia fazer, assim não ficaria pensando naquela soldada petulante e sarcástica.

Não podia deixar alguém como ela me fazer perder o controle. E como dissera da primeira vez, ela era mulher, e sabia muito bem usar as armas certas para me seduzir e depois me destruir. Porém, não seria um alvo fácil, porque exemplo na cara, eu já tinha o suficiente.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo