O Baile Funk fervilhava. O som pesado e vibrante do tamborzão podia ser sentido nas paredes antes mesmo de o carro de Vitor parar. A multidão, composta por jovens em trajes estilosos e descontraídos, criava uma névoa densa de euforia e calor.
Vitor estacionou com a expressão azeda.
— Chegamos. Lembrem-se, fiquem perto. Principalmente você, Emily — ele disse, lançando um olhar de censura ao meu vestido.
— Relaxe, Vitor. Vamos apenas curtir a noite — respondeu Amanda, já pulando para fora.
Eu respirei fundo e saí do carro. O ar da noite misturado com a energia crua do funk me atingiu como um choque elétrico. O Vestido Vermelho Vinho parecia ter sua própria luz sob os flashes e as luzes.
Quando entramos no salão, não houve um anúncio, mas o silêncio foi quase tão alto quanto a música.
O tempo pareceu congelar por alguns segundos enquanto os olhos de todos no local se viravam para a entrada. Não era a roupa, era a confiança que eu carregava. O Vestido Vermelho era o pavio; a minha at