A proposta de João pairava no ar, densa e carregada de uma ousadia que Elara, em sua mente científica, jamais teria concebido. Um teste de compatibilidade íntima. A ideia era chocante, mas a determinação nos olhos de seu marido era inegável. Ele não estava pedindo um sacrifício, mas uma prova, uma validação de que aquela loucura intergaláctica poderia, de fato, funcionar em todos os níveis. Kael, com sua lógica Xylos, havia compreendido a necessidade da harmonia, da fusão de energias para a criação de uma nova vida. E Elara, dividida entre a apreensão e uma estranha excitação, sabia que aquele era o único caminho para a aceitação plena de João.

A noite que se seguiu foi um turbilhão de emoções. Elara e João voltaram para casa, Kael os acompanhando em um silêncio respeitoso. O apartamento, antes um refúgio de familiaridade, agora parecia um palco para um drama cósmico. O jantar, que deveria ter sido um momento de celebração da aceitação de João, transformou-se em uma preparação para o