Mundo de ficçãoIniciar sessãoMe mantive encolhida no canto do quarto, enquanto encarando aquele homem que havia chamado Elder de irmão. Ele estava usando uma roupa dourada, entre aberta. Seus cabelos estavam bagunçados, e ele não parecia nada contente. Ele se aproximou um pouco mais, estendendo a mão para mim. Fiquei olhando para sua mão ainda meio confusa, mas logo aceitei.
Ele manteve seus olhos em mim, e eu fiz o mesmo. Parecia impossível desviar o olhar dele. - você não tem o direito de entrar no meu quarto assim p*rra! Ainda mais na minha noite de núpcias. - o homem se voltou para Elder. - eu ouvi uma discussão, e aparentemente você está bêbado como um porco. - é meu casamento, eu tenho o direito de beber. - você se esquece que também é o casamento dela. Meu coração acelerou, ele voltou a me fitar. - você está bem? - ah eu... - é claro que ela está bem, o que você acha que eu iria fazer? - Elder se pôs de pé, se aproximando. Mas o homem não se afastou de mim. - ela não respondeu minha pergunta. - sim, eu... Eu estou bem. - ele continuou me fitando, até que assentiu. E prontamente, soltou minha mão. Eu me enrijece onde estava, e suspirei. - esperem, vocês... São irmãos? - Elder cambaleou até a cama. - sim, ainda não tinha notado isso? - zombou de forma grosseira, eu voltei a olhar para o homem de cabelos negros. - mas você nunca me disse que tinha um irmão. - agora você sabe, grande merda. - o homem se aproximou de Elder, e o impediu de pegar outra garrafa de vinho. Jogando-a pela janela. - mas o que você... - você precisa dormir e se recompor. - dormir, acha que é isso que eu vou fazer? - ele sorriu de forma estranha. - sim, porque se ela não quiser dormir com você é isso que você irá fazer. - sua voz ficou mais grave, eu encarei os dois. Minha cabeça estava girando, por quê ele nunca havia me falado sobre um irmão? Ele se afastou de Elder, e lentamente se aproximou de mim. - eu sou Eriel, sinto muito por nos conhecermos apenas agora. Mas... Teve motivos para isso, princesa. Olhei dentro de seus olhos, e me mantive imóvel. Eriel olhou para trás, e se empertigou. - ele não vai mais incomodá-la essa noite, já está adormecido. - olhei para cama, Elder já estava roncando. Ele voltou a me fitar. - bem, foi um prazer. - logo, ele andou até a porta, minha garganta oscilou. - ah... Obrigada, por ter intervido. - ele parou e se voltou para mim novamente. - se precisar de ajuda, é só gritar. - ele manteve seus olhos nos meus por alguns instantes, até que partiu em seguida fechando a porta atrás de si. E me deixando com um turbilhão de pensamentos estranhos e confusos. Com certa dificuldade, consegui tirar meu vestido de noiva. E tomar um banho rápido, quando voltei ao quarto. Elder ainda estava dormindo, profundamente. Olhei para ele, e várias perguntas me vinham a mente. Será que ele teria me forçado a deitar com ele mesmo se eu não quisesse? Me abracei, eu não queria pensar isso. Eu era apaixonada por ele, sempre fui. Talvez ele só... Estivesse nervoso demais, suspirei e logo deitei na cama ao seu lado. Me acomodei, mas Enquanto olhava para o teto, tudo no que eu conseguia pensar era em Eriel entrando no quarto sem pensar duas vezes, para me ajudar. **** Quando o dia chegou, acordei lentamente e logo olhei para o lado. Mas Elder não estava mais ali, suspirei pesadamente. Logo pus os pés para fora da cama, e me espreguicei. Estava quase levantando, quando ele entrou no quarto. Seus olhos estavam inchados, e sua expressão não era nada boa. - estamos partindo para delmar. - franzi o cenho. - tão rápido? - estamos casados não é? Então, suas coisas já estão preparadas. Desça, se despeça de seus pais, e vamos partir. - eu mal tive tempo de retrucar, ele logo saiu do quarto novamente. Quando me vesti, desci as escadas. E o encontrei com meus pais, ao lado dos seus. Olhei ao redor, mas não vi Eriel. Me aproximei de minha mãe e abracei fortemente, ela beijou o topo de minha cabeça. - seja muito feliz, e trate de nos dar netos rápido. - sorri meio sem vontade, eu queria conversar com ela. Falar o que havia acontecido, mas não podia. Eu não queria ir embora, queria ficar ali um pouco mais. Mas Elder, me puxou pela cintura. Levando-me até sua carruagem, quando entramos. Ele bateu as portas, e tudo o que eu pude ver foi meu reino ficando para trás. Sentei no banco, e o fitei. - por quê nunca me falou do seu irmão? - ele sequer olhou para mim, apenas ficou encarando a janela. - Elder você escondeu isso de mim por quê? - eu estava começando a ficar brava, ele me encarou sem vontade. - cuidado com o tom que fala comigo, eu sou seu marido. Me deve respeito. - franzi o cenho, e me empertiguei. Eu não acreditava que aquele homem era mesmo Elder. Passamos dois dias na estrada, seus pais estavam em uma carruagem mais a frente. E eu sequer sabia onde estava seu irmão, e com certeza não queria perguntar. O tempo se passou um pouco mais, e logo eu avistei as montanhas de árvores vermelhas de delmar. O grande castelo monumental de pedras negras lá em cima, era realmente lindo. Até que, a carruagem parou de repente. E gritos foram ouvidos, eu me sobressaltei. - que merda está acontecendo aí cocheiro? Mas não houve resposta, e então sem aviso a porta da carruagem foi aberta abruptamente. E ladrões de estrada surgiram. - olha quem está aqui, é a realeza. - eles gargalharam. Tentei me aproximar de Elder, mas ele sequer tentou me segurar. Quando um dos ladrões me puxou pelos cabelos, me jogando para fora da carruagem. - ME LARGA! - gritei, mas ele me bateu. Enquanto o outro tirava Elder de dentro da carruagem, meu coração estava acelerado. Eu mal podia imaginar o que aqueles desgraçados fariam conosco. - é melhor colaborarem, ou irão sofrer as consequências. - o líder disse com frieza.






