Eu sequer havia conseguido pregar os olhos depois de tudo aquilo. Apenas entrei no banheiro, e tomei um banho de talvez, três horas. Quando sai, avistei ele sentado no sofá. Com uma péssima expressão de dor, engoli em seco. E logo tratei de fazer um café, o dia já estava nascendo.
Quando enfim acabei, levei para ele uma xícara. Que prontamente ele aceitou.
Me recostei contra o balcão da cozinha, e lentamente ele se pôs de pé. Olhei para ele de canto de olho, mas nada disse. Logo ele se aproximou, ficando ao meu lado.
- você fugiu, por seis meses.
- bem observado.
- acha isso engraçado? - enfim olhei para ele.
- não Daikan, eu não acho nada disso engraçado! Mas sabe o que também não foi engraçado? Você matando uma pessoa que eu gostava, uma pessoa inocente.
- ah vai se f*der - ele tentou passar por mim, mas segurei seu braço. Fazendo-o se voltar para mim. Nos encaramos.
- "me f*der" é apenas isso que você tem a falar?
- eu não preciso pedir desculpas por nada, p*rra! - apertei