Falcão ouviu o som da porta da frente a abrir-se e soube imediatamente de quem se tratava. Só havia uma pessoa que podia entrar em sua casa, para além de Leo e da sua família, sem que ele se incomodasse.
Mas desta vez foi diferente, porque, em vez de ir diretamente para o seu quarto, ouviu-o a caminhar em direção ao local onde o seu companheiro de destino estava a descansar.
Sentou-se rapidamente na cama e vestiu um par de calças de seda, grunhindo, o seu gosto por dormir apenas em roupa interior estava a pregar-lhe partidas.
Os seus olhos arregalaram-se de susto quando a ouviu gritar e abriu a porta do seu quarto.
-Zacarias, não a assustes- gritou usando a sua Voz sem consequências.
A imagem era um pouco perturbadora. O próprio Falcão tinha de admitir que a sua amiga não era propriamente alguém que passasse despercebida e tinha a certeza de que a tinha assustado, especialmente pela forma como a tinha acordado.
Ainda bem que te levantaste, poupas-me o trabalho, vão os dois para a sala