Giulia não conseguiu dizer não, estava sem argumentos.Assim, Paolo saiu levando sua mochila e ela ao seu lado, ela podia notar o olhar do segurança, então discretamente lhe deu um sinal para indicar que estava tudo bem.Ele abriu a porta do carro para ela, que entrou após agradecer com um sorriso sincero, mas tímido. Era a primeira vez que ela ficava a sós com ele, em um lugar que não fosse o hospital.- Tomou café? Ele perguntou enquanto manobrava o carro para sair do estacionamento do hospital, que estava lotado.- Não tive tempo, farei isso quando chegar em casa.- Conheço um lugar ótimo, vou te lavar lá. Ele disse dirigindo tranquilamente seu carro, bem diferente do de Bryan, este era um carro urbano, um clássico Alfa Romeo Giulia GTA, vermelho.- Não precisa se incomodar, você deve estar cansado. Ela disse, querendo recusar de forma educada.- Preciso tomar o café também, então não é incomodo.Giulia não disse mais nada.Enquanto ele dirigia ela observava a cidade pela janela,
Bryan se esqueceu das mensagens no celular, estava ocupado, tinham feito uma medida errada dos vergalhões da pilastra da ponte, ele teria que recalcular tudo, uma vez que já tinham concretado uma elas.- Como vocês conseguiram fazer essa proeza? Ele perguntou aos engenheiros auxiliares e mestres de obra que estavam responsáveis pela obra, quando ele chegou ela já estava em andamento.Bryan respirou fundo e coçou a cabeça, passou o resto do dia na obra, revisando tudo o que tinham feito, voltou à tarde para o alojamento com pilhas de plantas e o computador do engenheiro para verificar a possibilidade de uma mudança no projeto, para não ter que demolir o que já estava feito.Giulia caminhou com Paolo pela praça, era boa a sensação de sentir na pele o calor do sol, eles caminharam pela alameda central. Conversavam sobre muitas coisas, ele lhe contou que estudou no Canadá e que gostava muito de viajar de carro.Giulia, até por ser ainda muito jovem, disse que quase não viajava e que nunca
Bryan abriu a porta novamente com a intenção de pegar o próximo trem, mas parou no corredor, apertou o nariz em frustração. Voltou para sua sala, tinha tanto trabalho e não tinha lógica confrontá-la por estar em seu apartamento, ele mesmo a levou para lá, então agora ela podia levar quem quisesse. Ele se sentou em sua mesa e passou a noite toda lidando com o projeto.Giulia acordou no meio da noite, estava com fome e abriu a geladeira, não tinha nada além de água, ela não tinha feito compra.Então começou a abrir os armários procurando algo para comer, desde que Bryan a deixou no apartamento, ela tinha ficado pouco tempo nele.Ela encontrou tomates em lata, macarrão, atum em lata, alguns cereais e até leite em pó. “Comida para militar”. Ela pensou, se lembrando de Bryan.Ela colocou o macarrão para cozinhar, usou também os tomates e o atum, não era um banquete, mas era nutritivo e prático, pretendia sair para fazer compras pela manhã, já que não precisava ir à aula.Pensando que não
Isabelle e Rafael foram de carro até Lisboa, de lá pegaram um voo comercial até Seul. Giulia desceu até a calçada, com sua mala, para esperar Paolo, ela avistou o segurança que vinha ao seu encontro. - Você está dispensado este fim de semana, estou indo viajar e você não precisa nos acompanhar. Ela disse ao segurança. - Tenho ordem para acompanhar a senhorita onde quer que vá, então terei que pedir permissão para o senhor Curioni. Giulia ficou um pouco irritada. - Olhe, sou dona do meu próprio nariz, eu entendo que você trabalha para ele, mas se não disser nada ele não vai ficar sabendo. Ela disse tentando convencê-lo. - Eu sinto muito, mas não posso fazer isso, eu tenho que informá-lo. Ele disse ligando para Bryan. Giulia olhava para o homem um pouco aflita ela não queria que Paolo soubesse que ela tinha segurança particular, o que ele pensaria dela? O homem ligou várias vezes, mas Bryan não atendia o telefone. Ele ainda estava tentando falar com Bryan quando
Giulia, no caminho, ia conversando animada com Paolo, dividiu os morangos com ele sempre lhe servindo na boca enquanto ele dirigia.Em vista da viagem que fez com Bryan, era uma viajem relativamente curta, um pouco menos de quatro horas. Paolo parou no caminho algumas vezes para que ela pudesse ir ao banheiro e aproveitar as pequenas lojinhas de suvenir no caminho. Quando chegaram, ele a levou no Bulgari Hotel Milano. -Vamos ficar neste hotel? Ela perguntou, um pouco espantada. - Sim, algum problema? Ele perguntou não entendendo o espanto dela, afinal ela morava em um dos prédios mais caros de Florença. Mas o que Paolo não sabia era que o apartamento não era dela, claro Giulia não era alguém sem posses, mas nunca ostentava luxos. Seu pai ganhava bem, Edgard era muito generoso, mas ela e Rafael tiveram uma vida um pouco mais regrada que Bryan e Isabelle. - Este hotel é bem caro! Ela disse olhando-o com seus olhos grandes. - Ah, não se preocupe, é tudo por minha conta. E
Bryan, com raiva, jogou o telefone no banco do carona e bateu as mãos no volante em frustração.Ele deu ré cantando pneus e saiu pela estrada. De tempos em tempo ele olhava para o celular sobre o banco.Estava quase próximo da base quando seu telefone começou a vibrar, ele encostou rapidamente, era um de seus homens.- Onde ela está?- Ela quem, senhor?- Para que você me ligou? Bryan disse sem paciência.- Para informar que conseguimos rastrear o telefone que nos pediu.- Ah, sim e de onde é.- Ele está na Argentina e está com uma mulher chamada Fanny, demos uma pesquisada, achamos que é a mesma Fanny herdeira de uma família da máfia Siciliana. O homem disse.- Bom trabalho! Vou ligar para ela e ver o que ela quer. Bryan disse, desligando o telefone em seguida e voltando para estrada, a notícia era boa, mas ainda assim não conseguiu tirar Giulia de sua mente.Enquanto dirigia se lembrava da imagem das costas dela no espelho do elevador, isso o fez lembrar do momento em que abriu o v
Quando Paolo “deu uma trégua” a Giulia ela já estava sem fôlego, seu coração batia acelerado, ela usou os braços para afastá-lo um pouco.- Eu...- Está tudo bem, me desculpe, mas não resisti, você é tão linda, mexe comigo há muito tempo, sei que sou mais velho, mas ...- Está tudo bem, a idade é apenas um detalhe.- Você acha? Ele a olhou com espanto.- Claro que sim! O que importa é o que se sente, que culpa as pessoas tem de terem nascido antes ou depois da pessoa amada. Giulia dizia essas coisas se lembrando de Bryan que a afastava por causa da diferença de idade entre os dois.“ Ou talvez não seja só a diferença de idade”. Ela concluiu, chateada.- Você é inacreditável. Paolo disse, tocando o rosto dela sem saber o que ela estava pensando.Giulia sorriu um pouco sem jeito.- Acho que estou com fome. Ela disse.-Quer jantar aqui ou quer descer para o restaurante?- Você já pediu o jantar, podemos jantar aqui.- Está certo! Paolo disse fazendo um sinal para o garçom que saiu para b
-Quem será? Alana perguntou quando viu que Edgard não tinha intenção de atender o telefone que continuava tocando. - Não sei quem é, mas espero que seja algo muito importante, porque senão essa pessoa vai experimentar a minha ira! Edgar disse irritado. Ele se esticou e pegou o telefone, era Bryan -Espero que seja algo muito importante. Ele disse ao filho. - É importante! Se não, eu não te ligaria uma hora dessas. O que você estava fazendo? - Não é da sua conta! Você não tem o que fazer? -Tenho muito o que fazer! Agora pouco, por exemplo, estava falando com Fanny uma das herdeiras da máfia siciliana. - E o que eu tenho a ver com os seus namoros? - Não é namoro pai! Ela era namorada de Alfonzo, foi ela quem gravou e entregou aquele vídeo a Isabelle, ela quer se juntar a nós para derruba-lo. - Podemos confiar nela? - Não sei, só saberemos se tentar, por isso te liguei você tem mais contatos com alguém da máfia siciliana? - Até tenho! Mas para todos os efeit