Depois que a Carolina partiu, a ficha caiu. Fui um idiota. Preparei o jantar, esperei por ela, pronto para, finalmente, abrir meu coração e assumir o que estávamos vivendo, com ou sem a gravidez. Mas o destino, com sua ironia cruel, decidiu que tinha outros planos para mim.
Parado no meio da sala, o teste de gravidez amassado na minha mão parecia um pedaço de lixo. Joguei-o para longe e olhei para a mesa, perfeita, com as velas acesas e a promessa de uma noite que não existiria. Ela não estava ali. A Carolina tinha ido embora sem me dar a chance de dizer uma palavra sequer. Apaguei as velas. A noite que era para ser o nosso recomeço se transformou em nada, e a raiva me consumiu por completo.
Os dias seguintes foram um borrão. Duas semanas de silêncio, de uma ausência que parecia me sufocar. A Carolina seguiu em frente, e eu tentei me convencer de que era o melhor para nós. Mergulhei no trabalho, nas viagens, em expandir meu império, buscando preencher um vazio que jamais se preencheri