30

Eu estava na sala escura, envolto pelas sombras que se estendiam até o teto, observando o movimento suave da noite através da grande janela de vidro. Usava apenas uma bermuda larga, e segurava um copo de bebida entre os dedos, embora minha atenção estivesse a quilômetros dali. O líquido no copo mal se movia, assim como eu. Estava imóvel, afundado em meus pensamentos - e todos eles tinham nome: Alice.

A lembrança do acidente que a deixara com o pé imobilizado ainda pesava como chumbo sobre meus ombros. Eu me sentia culpado. Aquilo não deveria ter acontecido. E mesmo sem provas concretas, sabia, lá no fundo, que de alguma forma, havia sido por minha causa. Meus sentimentos por ela eram um emaranhado confuso de culpa, remorso, raiva - e uma culpa ainda maior por querer usá-la como parte de um jogo que nunca mereceu jogar.

Enquanto olhava para o vazio, sentia o remorso me dilacerar por dentro. Cada batida do meu coração parecia ecoar dentro de um labirinto de escolhas erradas. Alice era u
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