MARCUS
Caminhamos rapidamente até o carro, enquanto o ar gelado da noite trincava minha pele e eu mantinha Olivia contra mim, sentindo sua mão inerte na minha, como se segurasse uma boneca, com os dedos rígidos e sem resposta. O corpo dela parecia anormalmente frio, como se a vida tivesse sido drenada, e eu podia sentir o gelo da sua pele através do tecido da minha camisa, de modo que o meu coração doía a cada passo.
— Vai ficar tudo bem, meu amor. — Murmurei repetidas vezes, tentando tranquilizá-la e, ao mesmo tempo, acalmar a tempestade dentro de mim. — Você está segura agora. Está comigo.
Continuei repetindo as palavras como se pudessem curar as feridas que ela havia sofrido, como se minha voz fosse capaz de trazê-la de volta para mim e torná-la inteira outra vez.
Foi nesse instante que o carro finalmente surgiu à vista, com os faróis cortando a escuridão como um farol de esperança, enquanto Ethan já estava ao lado do motorista, dividindo a atenção entre mim e a estrada à frente. En