MARCUS
— Marcus. — Disse ele, como se fosse apenas uma conversa casual.
Tive vontade de rir, embora não houvesse nada que pudesse ser considerado engraçado.
— É bom que você tenha me dito a verdade, Nick. — Falei, com a voz carregada de uma raiva quase impossível de controlar. — Pois, se eu chegar naquele hotel e não encontrar você, vai se arrepender amargamente do que vier em seguida. Acredite, Nick, eu sou capaz de coisas muito piores do que já fiz.
Não esperei pela resposta, porque não podia e, sobretudo, não ia gastar o meu fôlego à toa. Com os dedos ainda pairando sobre a tela, encerrei a ligação sem hesitar e joguei o celular no banco ao meu lado, enquanto a audácia dele queimava dentro de mim. "O jeito como se comportou, agindo como se nada estivesse errado e acreditando que eu não notaria as incoerências, me irritava profundamente, no entanto, eu já estava farto de jogos!"
Eu já não conseguia sustentar a farsa de que não sabia a verdade, porque Nick vinha me evitando havia dias