NICK
Eu atirei o celular de Marcus para longe e, em seguida, chutei os pneus do carro dele. Estava tão enfurecido que não sabia o que fazer comigo mesmo.
— Seu idiota! — Gritei, tomado por uma raiva surda. Marcus pareceu prestes a desmaiar e levou a mão ao peito, como se sentisse dor de verdade. Se morresse ali mesmo, pouco me importaria.
Deveria doer nele como o próprio inferno. Ele havia testemunhado todo o sofrimento que enfrentei quando a arrancou de mim e, justamente quando eu começava a aceitar que ela agora pertencia a ele, foi lá e arruinou tudo. Agora, outro homem, vindo de um lugar que nem conhecemos, dedicava a ela a atenção que Marcus jamais ofereceu.
O que, afinal, eu deveria fazer com isso?
— Você me chamou até aqui para esta porcaria? Resolva, resolva agora! — Rosnei, puxando-o pela gola e aproximando-o de mim. Eu ardia de irritação, de fúria pura. E o que mais me enfurecia era vê-lo chorar sem parar.
Ele não proferiu uma única palavra, apenas chorou. Maldição. O que, em