- Felícia? Não durma. - Bernardo a chamava enquanto se mexia um pouco. - Felícia, não se mova. Vou ver se consigo te ajudar a soltar essa corda das mãos.
Isabela não ousava mover um músculo, permaneceu completamente imóvel.
Logo depois, ela sentiu um alívio em seu pulso.
- Desatou. - Bernardo mexeu as mãos novamente. - Agora, você me ajuda a desatar as minhas.
Isabela estendeu a mão para ajudar, mas suas mãos tremiam incessantemente.
Quanto mais tremiam, mais nervosa ela ficava, até que finalmente soluçou:
- Bernardo, eu não consigo... Por que não consigo...
- Está tudo bem, vá devagar, não se apresse, não chore.
Isabela mordeu os lábios e forçou-se a acalmar.
Mesmo com Bernardo amarrado, ele ainda a confortava.
Como ela poderia desistir?
Então, ela tentou novamente.
Mas, por algum motivo, sentiu que o nó estava muito apertado, suas mãos doíam, mas não havia sinal de que a corda estava se soltando.
- Bernardo, parece que esse nó está muito apertado.
Bernardo, temendo que ela entrasse