Alice mal conseguiu dormir naquela noite. Mesmo protegida, cercada por seguranças e sistemas de vigilância, a inquietação não lhe dava trégua. Seu coração parecia preso a um nó - um peso sufocante que não desapareceria enquanto Luca ainda estivesse vivo. Sabia que a morte dele deixaria manchas em sua alma... mas já não se importava.
Na manhã seguinte, o silêncio era quebrado apenas pelos barulhos suaves de uma casa acordando devagar. Maria, sentadinha à mesa com um copo de suco de laranja nas mãos, parecia tranquila. Mas, ao se virar para o pai, largando o copo com cuidado, fez a pergunta que ninguém esperava.
- Pai, posso te perguntar uma coisa?
Giovanni, ainda tentando manter o foco longe dos perigos que os rondavam, sorriu ao vê-la. Seus olhos brilharam ao encará-la. Ele se abaixou um pouco, cutucando o narizinho da menina, que riu com um som doce.
- Claro, minha pequena. O que quer saber?
- Por que vocês odeiam o meu avô?
O tempo pareceu parar.
Giovanni congelou. Seus olhos buscar