Cheguei ao quarto com os pensamentos em turbilhão, sem conseguir assimilar o que havia acabado de ouvir. O peso daquela descoberta pressionava meu peito como um ferro em brasa. Giovanni... ele era um Mancini?
E mais do que isso - ele sabia quem eu era, desde o começo?
Minha mente gritava em busca de respostas. Cada lembrança com ele agora parecia se revestir de uma nova camada de dúvida. Tudo que vivi ao seu lado... foi real? Ou apenas um teatro cuidadosamente montado?
As pernas bambas me levaram até o banheiro, um espaço amplo e luxuoso, silencioso demais para quem carregava tanto ruído por dentro.
A sensação de desespero envolveu meu corpo como um manto gelado. As lágrimas começaram a cair sem que eu pudesse conter, quentes contra a minha pele fria. Minhas mãos tremiam descontroladamente, e o coração batia tão rápido que parecia tentar escapar de dentro do peito. O mundo ao meu redor parecia desfocado, instável, como se estivesse se despedaçando sob meus pés.
Eu estava perdida - não