Ponto de vista: Arthur
O cheiro de sangue e magia queimava o ar. A terra sob meus pés tremia, e o uivo dos lobos misturava-se aos estalos de energia e ao som metálico das espadas. Havíamos seguido o rastro até ali — o coração do território amaldiçoado de Sebastian. O lugar parecia uma cicatriz no mundo: o céu era mais escuro, as árvores, retorcidas e mortas, e a lua acima brilhava com uma intensidade quase doentia, como se observasse tudo em silêncio.
— Apolo — rosnei, olhando ao redor. — Ela está aqui. Eu consigo sentir.
Meu irmão assentiu, os olhos dourados faiscando. — Eu também sinto. O vínculo ainda pulsa.
Demos mais alguns passos, e então vimos o caos. O som de um grito cortou o ar, e o brilho de uma luz atravessou a noite como um raio. À frente, Annabelle — a Rainha dos Híbridos,— estava de pé diante ao caos, o arco erguido, disparando flechas feitas de pura energia lunar. Cada uma explodia ao tocar o chão, abrindo crateras de luz branca que queimavam as sombras ao redor.
— Pe