Narrado em terceira pessoa
A bandeja de prata ainda tremia levemente na mesa de mármore, resquício da tensão de minutos antes. O ar do corredor parecia carregado, denso como areia quente no deserto. Natália havia deixado o quarto do Sheikh com o queixo erguido e os olhos gelados — mas por dentro, algo começava a ferver.
Ela estava suando. Não de medo — mas de raiva. E essa raiva, canalizada com precisão, se tornava uma arma.
Enquanto caminhava pelos corredores do palacete de Hamzah, envolta apenas por um roupão leve, as palavras do velho ecoavam em sua cabeça:
“Quero que ela me sirva melhor esta noite. Se me agradar… temos um acordo.”
Ela não era burra. Sabia o que “servir melhor” significava. E sabia também que aquele homem, o Sheikh, era podre até a alma — e que bastava uma palavra dele para colocar um exército a marchar contra Khaled. Por mais que tudo dentro dela se contorcesse, ela queria vingança. Queria ver Lara destruída. E a