Eu consegui ver a hora exata em que correram para socorrer Helena, para levá-la até o hospital. Se a intenção de Edward era causar o caos, ele havia conseguido. Abandonei tudo para acompanhá-la. Em outros tempos, eu não importaria em deixá-la em um hospital sob os cuidados de qualquer pessoa que não fosse eu, mas agora eu me importava. Helena era o único familiar vivo que eu tinha.
Única porque para mim, Edward não era nada. Ele nasceu para tornar a minha vida insuportável e estava conseguindo. Ele só descansaria quando tirasse tudo de mim e um pouco mais. Eu tentei esquecer toda a confusão e ajudar Helena. Eu sabia que minha presença só implicaria na piora da sua saúde, mas eu não podia deixá-la sozinha nesse momento.
Quando entrei na ambulância, ela olhou para os meus olhos e disse, com a voz embargada:
— Eu desconfiava que você e a Emma não se amavam de verdade.
— Vamos deixar essa conversa para depois — eu virei o rosto contra o dela —, precisa se concentrar na sua saúde agora.
—