Emma.
Quando Gregory finalmente me deixou sozinha, percebi que me manter calada havia sido um grande erro. Tudo o que eu havia guardado, todas as palavras se acumularam, causando uma dor inadmissível dentro de mim.
Agora sozinha no quarto, eu finalmente conseguia chorar em paz. Fingir ser forte o tempo todo era uma tarefa quase insuportável. Pior ainda era ter que ficar ao lado de Gregory, sabendo que ele ainda era o mesmo homem que conheci e me apaixonei um dia.
Enxuguei as lágrimas rapidamente quando o quarto se encheu de enfermeiros e o médico apareceu para conversar um pouco comigo.
— Está sentindo dor, Emma? – Ele analisou o meu rosto, percebendo que eu estava chorando.
— Um pouco – eu disse, forçando um sorriso.
A dor que eu sentia não haveria remédio capaz de curar, mas eu prometera a mim que não desperdiçaria nem um único minuto da minha vida me lamentando ou sofrendo por qualquer que seja. Eu já havia perdido dois longos anos da minha vida sofrendo e esperando por uma redençã