Angie pegou toda a carne congelada que estava em sua geladeira, além de lençóis velhos e uma toalha grossa. Um garoto cheio de piercings e branco como papel trouxe uma caixa com seringas, agulhas e minúsculos vidros de adrenalina e morfina.
— O que pretende fazer com isso? — perguntei. Angie não respondeu, invés disso, arrastou um engradado de redbull sobre a mesa. — Angie?
Após jogar tudo nos bancos de trás do Nissan e lavar o rosto três vezes em cinco minutos, Angie me jogou a chave de casa.
— Você vem? — perguntou já abrindo a porta do carro.
— Quer mesmo caçar um lobo por aí? — sentei-me no banco do carona. — Nós não sabemos se ele ainda é ele, se lembra de nós. — Angie rodou a chave na ignição. O motor despertou é ronronou. — E se ele nos atacar?
— Não vai.
— Tem mesmo certeza disso?
— Não, mas... — ele largou o volante e deixou-se afundar no estofa