Minhas patas são humanas, meu corpo inteiro, tudo... Humano. Estou vestido igual a eles, estou sorrindo como eles fazem, estou comendo e bebendo o mesmo que eles.
Seria eu... um deles?
Aquele homem costumava me pedir para voltar... Será que era para isso que eu deveria voltar? Deveria voltar a ser como ele?
Acho que estou voltando. De maneira lenta e dolorosa, difícil. Mas estou voltando. Voltando a ser um Adeus com pernas e braços. E isso não parece bom para mim. Ainda existe um animal aqui dentro, gritando, arranhando, mordendo, uivando “volte, volte, volte!”.
Para quem devo voltar?
O que eu sou?
A resposta está fundo de mais para ser alcançada com as patas, fundo de mais... Nesse meio tempo, talvez, eu já esteja louco o suficiente para a resposta não afetar nada mais em meu ser.