Observei cada reação dele, o engolir seco, a expressão que se transformou num misto de incredulidade e choque, as mãos que tremeram antes de se fechar nos bolsos como se quisesse esconder sua vulnerabilidade.
O silêncio que veio depois foi denso, carregado de tudo o que não ousávamos dizer.
O ar parecia pesado no quarto, e ambos respiramos fundo, cada qual tentando conter as emoções que queimavam por dentro.
_Grávida? Julgando pela sua aparência, um a dois meses, certo?
_Doze semanas! E eu quero te confessar que eu tenho atendido outros clientes durante todo tempo.
Senti a garganta fechar enquanto dizia aquilo, o coração disparava.
_Mas eu sou o único com quem você já ficou desprotegida, você me disse isso … Então há chances de ser meu…
O olhar dele buscava desesperado alguma confirmação nos meus olhos, como se quisesse agarrar qualquer esperança.
_Eu senti medo de contar para você, mas não! Não é… Talvez hajam chances, mas não é o caso. Eu tive dois acidentes com dois clientes e ach