Os olhos de Enzo se fixaram em mim, intensos e quase duros, sua mão que segurava a minha, se afastou e cobriu a testa
_Eu deixei a pasta na sua… - a voz dele saiu baixa, mas carregada de tensão _Christine, você não abriu… abriu?
Engoli em seco, sentindo meu coração disparar.
_Enzo… eu só… achei estranho você esquecer algo assim em minha casa… Eu não queria, mas
Ele se inclinou para frente, cortando minha frase
_Christine, me responde… Você abriu ou não?
Meu silêncio foi resposta suficiente e vi o desespero surgir no rosto dele, pude dar conta já que ele arrastou a mão da testa e passou a pelos cabelos, nervoso.
_Droga… - murmurou _Você não tem ideia do perigo que é, amor
Enzo, ele ainda me chama de amor, mesmo sabendo que fiz cagada ele ainda me chamou de amor
_Perigo pra quem, Enzo? Pra você? Pra nós? Eu ouvi coisas na empresa… ouvi investidores falando da clínica da sua família. E o nome de Lisandro estava nos documentos… Você… o que isso significa?
Ele ficou em silênci