Um resquício de sentimento talvez, ou mesmo culpa, talvez ainda a desejava.
Não importava, só sei que foi realmente um soco no meu subconsciente , mas não doeu.
Pelo contrário, se ele ainda nutria algum fogo incessante por ela, eu poderia transformá-lo em munição.
E aí eles teriam a arma perfeita para pararem pelo menos de se matar com olhares que todos percebiam.
O que deixou Ana um pouquinho satisfeita, então sem muito esforço Virei-me para ele com um sorriso doce, pousando a mão sobre a dele como se fosse a coisa mais natural do mundo.
_Amor, passa o sal pra mim? -falei, num tom suave, quase íntimo.
Ele piscou algumas vezes , surpreso, pois não tínhamos combinado nada ainda o que era burrice, mas me obedeceu sem protestar.
Sandra arqueou uma sobrancelha um pouco incomodada e a mãe dele pigarreou, desconfortável.
Senhor Artur, porém, abriu um sorriso satisfeito, como quem dizia é assim que se faz!
E eu continuei no papel, deslizando minha mão pelo braço de Enzo,