POV de Mathilda
Paula cumpriu a promessa. Chegou exatamente uma hora depois de a Sra. Rosa ter me ligado, ou duas horas depois de ter saído do meu quarto. Assim que ouvi a batida, acordei na hora.
Em vez de me esconder e evitar o confronto, decidi encarar Paula e a fúria que ela certamente soltaria. Nem deixei que ela batesse repetidas vezes. No terceiro golpe, abri a porta.
— Mathilda.
Eu estava enganada: não veio só Paula — Fredric também estava ali. E o mais surpreendente era que já estava bem escuro. Que horas seriam agora?
— Senhor Fredric, o que houve?
— Achei que você estivesse morta. Viemos aqui às quatro da tarde e você só abriu a porta às dez da noite.
— Hein? Já são dez horas? Quantas horas eu dormi?
— Peço desculpas, senhor Fredric. — Baixei a cabeça, evitando o olhar de Paula na frente dele. Não queria que ela fizesse perguntas difíceis sobre a promessa que quebrei.
— Coma algo, não quero que você morra de tanto dormir sem saber a hora. Lembre-se de que a avó nos ligará a