Capítulo 5 Aproveitando a Lua de Mel.

Edward estava dirigindo por um certo tempo enquanto Anastácia mexia no seu novo celular. A viagem estava muito tediosa e Anastácia bufa um pouco frustrada.

- A gente poderia aproveitar um pouco a nossa lua de mel.

- Este casamento nem é de verdade.

Edward fala sem tirar os olhos da estrada.

- Você não gostaria de admirar a paisagem?

- Eu gostaria de admirar outra coisa.

Um sorriso malicioso brota no rosto de Edward e Anastácia nem percebe isso.

"Tão inocente."

Edward pensa e Anastácia o encara.

- Posso tirar uma foto sua? Acho que alguns registros tornarão o nosso casamento válido.

- Pode, sim, mas só publique quando chegarmos ao hotel. O mundo aí fora está cheio de loucos e dar a nossa localização não é uma boa ideia.

- Ok.

Anastácia tira algumas fotos de Edward e ele sorri.

- Vou encostar o carro mais adiante e você pode tirar mais fotos. Podemos tirar uma foto juntos.

- Está bem.

Edward encosta o carro no acostamento e liga o pisca alerta. Ele desce e abre a porta para que sua jovem esposa desça e ela caminha um pouco para perto da grama.

- Cuidado que aí pode ter alguma cobra.

Edward fala e ela já olha para o chão e isso tira algumas risadas dele.

- Você deve me achar uma pateta.

- Não te acho uma pateta. Gosto de ver uma garota da cidade grande se virando no campo.

Edward senta no capô do carro e a chama fazendo um gesto com a mão. Anastácia vai até ele e ele a senta em seu colo e pega o telefone das mãos dela.

- Vamos tirar uma foto de casal

Ele aproxima o rosto do dela e ambos olham para a câmera e sorriem para a foto. Edward pega a mão dela e leva para o seu peito e Anastácia cora um pouco e ele acha graça.

- Precisamos ser mais íntimos.

Ele beija a bochecha dela e tira outra foto. Depois ele olha e sorri.

- Viu? Parecemos um casal apaixonado.

- Sim. Muito obrigada pela foto.

Anastácia levanta rápido do colo dele e Edward sente que ela era agradável. Então ele abre a porta para que ela entre e depois ele entra e começa a dirigir.

De repente começa a cair uma chuva forte e Edward é obrigado a parar em um hotel beira de estrada. Ele corre junto de Anastácia para dentro do quarto para que os dois não se molhasse muito.

- Que chuva fria.

Edward resmunga enquanto tira a sua camisa e Anastácia se pega novamente o admirando e ele gosta disso.

- Pode olhar a vontade.

Edward a provoca e Anastácia muda a sua postura. Anastácia pega um vestido e um conjunto de lingerie e vai no banheiro tomar um banho quente. Edward pega uma bermuda junto de uma regata preta e uma cueca box branca.

Anastácia sai do banheiro com seu vestido verde e Edward a acha linda, mas mantém a sua postura.

Ele entra no banheiro e assim que tira a sua roupa já olha para a sua ereção.

- Você não está ajudando.

Edward liga o chuveiro e começa a se tocar. Ele possuía uma vida sexual extremamente ativa e se sentia atraído por Anastácia, mas não pretendia ter nada forçado com ela, pois já achava aquilo de casamento forçado um absurdo. Ele morde seu antebraço para poder abafar seu gemido enquanto goza. O fato dela ser virgem mexeu e muito com ele.

Ele sai do banheiro e encontra Anastácia perto da janela olhando a chuva

- O que poderíamos fazer para passar o tempo?

Anastácia pergunta assim que Edward tinha saído do banheiro e ele vai até ela e olha a chuva cair forte.

- Vamos conversar e nos conhecermos melhor. Até parece que somos dois completos estranhos.

Edward sorri e Anastácia senta na poltrona rindo.

- É o que somos. Você tem medo de alguma coisa?

- Perdi o medo quando vi o meu pai agonizando. Ainda acho o cretino que matou ele.

Edward endurece o seu rosto e Anastácia sente que ele estava desconfortável com aquela pergunta.

- Já comecei mal...

- Tudo bem. Também era muito curioso quando tinha a sua idade. Seu pai é um doente por te forçar a se casar com um completo estranho.

- A única coisa que interessa a ele é o dinheiro. Se você quiser me espancar, estuprar ou matar não fará diferença nenhuma.

- Jamais faria isso. Meu pai criou dois homens e não dois monstros. - Edward sorri se lembrando de seu pai - Ele sempre falava isso.

- Você e o seu irmão são bastante diferentes.

- Sempre ouvimos isso. O Mike é adotado. Meu pai fez o parto dele, pois a mãe dele era muda e nunca disse quem era o pai dele. Ela morreu durante o parto e meus pais o adotaram. Quatro anos depois eu nasci e desde sempre Mike é da nossa família.

- É por isso que Beatrice te rejeitou! Ela pensou que o Mike era parecido com você.

Edward senta na cama com a cara fechada.

- Sua irmã é racista?

- Sim. Toda aquela dedicação dela no instituto é pura encenação. Para ela o que vale é a cor da pele e a classe social.

O pai de Anastácia tinha o instituto Bons Frutos, onde eles faziam vários trabalhos com pessoas carentes e para a comunidade a família Weston era um exemplo de bondade, mas por trás Steve usava o lugar para poder lavar dinheiro.

- Meu Deus! Onde eu fui me meter?

Edward leva as mãos até a cabeça, pois ele desprezava qualquer racista e Anastácia o encara com um sorriso.

- Não se preocupe que não pretendo convidar ela para o dia de ações de graça ou Natal. Nem sei como é comemorar essas datas.

- Desculpe a sinceridade. Eu fico muito feliz, pois seria muito desagradável o Mike passar por isso. Desde pequeno já presenciei muitos comentários maldosos em relação à cor dele e acho que foi por isso que ele se tornou advogado.

- E você é formado?

- Sou veterinário. Fiz quase cinco anos de medicina, mas prefiro cuidar dos animais.

Edward fecha os olhos e sorri se lembrando de como o seu pai surtou quando ele decidiu mudar de ramo, pois Connor Phillips queria que seu filho se tornasse médico como ele.

- Então eu cuido de todos os animais da fazenda. É muito melhor do que ficar fechado num consultório. - ele olha para Anastácia - E você? Estuda alguma coisa?

- Não fui para a universidade. Sonho em ser estilista e até fiz um curso de costura quando comecei a trabalhar. Quem sabe no futuro eu possa estudar.

Os olhos de Anastácia brilham e Edward se encanta com isso.

- Se você quiser, eu pago para você estudar.

- Não precisa. Eu arrumo um emprego e...

- Você é a minha esposa. Não posso te deixar trabalhar em um emprego qualquer. - Edward suspira e caminha até a janela do quarto - Isso vai ser o meu presente de casamento. Você pode estudar lá da fazenda e assim que nos divorciamos, você terá uma profissão e montarei o seu ateliê onde você quiser.

- Vou aceitar porque o dinheiro que juntei da lanchonete só dá para comprar alguns tecidos.

- Quanto você tem?

- Pouco mais de 3 mil dólares.

- Até é mais do que imaginei.

Edward fica pensativo e Anastácia abaixa a cabeça.

- Meu pai se recusava a gastar comigo. Tive que arrumar este emprego para poder comprar remédios, absorventes e materiais do colégio.

- Pelo menos você aprendeu a se virar sozinha. Isso é uma qualidade e tanto.

Edward sorri e vai até a sua mala onde tira um baralho. Ele senta na cama junto de Anastácia e os dois jogam por um longo tempo até que a chuva cessa e os dois vão até um restaurante almoçar e decidem continuar com a viagem no dia seguinte.

Ele esperava que a vida de Anastácia fosse tranquila na fazenda, mas não sabia que muita coisa iria acontecer.

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