Mundo ficciónIniciar sesiónRICARDO:
O calor que emanava da pequena sala chocava-se com o frio que havia se instalado em meu peito. Isabel preparava uma infusão, seus movimentos suaves e estudados, enquanto me lançava olhares furtivos. Sentei-me em silêncio, observando-a. Não parecia ter nenhum problema que exigisse ir ao hospital.
— Você está bem? — perguntei finalmente, rompendo o muro de silêncio que havia se formado entre nós —. Para que você precisa ir ao hospital? — Diga-me você — respondeu ela, girando levemente o rosto para me encontrar com um olhar doloroso que não chegava a seus olhos —. Esqueceu que tinha consulta com o cardiologista? Tudo bem, foi minha culpa por não ter lembrado... sempre sou um incômodo. Sua voz se quebrou na última frase, um truque que conhecia bem desde a infância no orfanato. Era o mesmo tom que usava q






