RICARDO:

Sentado na sala da diretoria da empresa de Victoria, tentando fazer tudo o que ela me indicou, as horas passaram rapidamente e já era hora de fechar, e ainda não tinha notícias do que havia acontecido com ela. O advogado Montenegro também não me disse nada. Peguei o telefone ao ouvi-lo:  

— Diga-me, Victoria, como foi tudo? — perguntei sem olhar o número.  

— Riky! Você não conhece meu número? Vou ficar chateada — a voz chorosa de Isabel chegou do outro lado da linha —. Você disse que ia vir mais cedo. Esqueceu que prometeu ir comigo ao médico?  Sua voz sempre tinha a capacidade de me desarmar. Por mais envolvido que eu estivesse na tempestade de Victoria e em todos os problemas que ela arrastava, Isabel conseguia fazer tudo passar para um segundo plano. Suas lágrimas, embora eu não as visse, eram suficientes para me fazer re