Nossa fuga frenética nos levou por uma rua lateral, e viramos na primeira esquina. A dor lancinante em meus pés, ainda aprisionados nos saltos altos, era quase insuportável. Correr com aqueles sapatos era um desafio, especialmente sem o suporte adequado para o arco do pé.
Finalmente, paramos em uma área mais isolada, longe das luzes cintilantes dos cassinos e boates. Ofegante, comecei a rir incontrolavelmente, uma risada espontânea e libertadora. Jesse, por outro lado, me observava com uma expressão carrancuda. Ele colocou seu paletó sobre meus ombros novamente, como se só então percebesse minha indumentária de stripper.
— O que há de errado com você? — perguntou ele, limpando o suor da testa com o dorso da mão.
Encostei-me na parede, vestindo o paletó azul de Jesse e abotoando-o. Vegas realmente era a cidade do pecado, e eu definitivamente não queria ser confundida com uma stripper novamente. A noite estava quente, e eu só conseguia pensar em um banho refrescante e numa cama para des