9. O obelisco.
Ele era negro como a noite, com linhas prateadas esculpidas em sua superfície, formando runas que pareciam dançar suavemente, pulsando com a mesma energia do feixe. Tinha pelo menos vinte metros de altura, cravado no chão como uma lança divina.
– Parece a Bifrost… – murmurei, mais para mim mesma do que para os outros.
Mas era diferente. A Bifrost era a ponte das divindades, um elo entre mundos. Aquilo parecia uma chave. Uma fenda. Um aviso
Minha primeira reação foi me aproximar, quase em transe. Mas a mão de meu pai me deteve no ombro.
– Espere – disse ele, com a voz baixa, mas firme.
Ele desceu lentamente até o chão, os pés tocando a grama queimada ao redor do obelisco. Uma fumaça branca e tênue ainda se erguia das bordas da cratera onde a estrutura se fixara. As runas prateadas piscaram uma última vez… e se apagaram.
Então algo aconteceu.
Uma figura surgiu de dentro da névoa, emergindo do lado oposto do obelisco.
Era uma mulher.
Ou, ao menos, parecia ser.
Seus ca